Pré-sal

Petrobras avança em Jequitinhonha

Jornal do Commercio
04/11/2009 11:39
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O gerente-executivo de exploração e produção da Petrobras, Francisco Nepomuceno Filho, chefe do escritório que a estatal abriu em Londres em agosto deste ano, disse que a companhia estuda com bastante interesse a região do pré-sal que se estende do norte do Espírito Santo ao sul da Bahia. Segundo ele, a perspectiva é encontrar petróleo na área de Jequitinhonha.
 
 
"Furamos um poço no J-3 e encontramos uma coluna de óleo em cima, o que é uma notícia boa. Só que não fomos ao pré-sal nesse poço porque não era a melhor posição. Estamos escolhendo outras áreas mais apropriadas para furar até o pré-sal", comentou o executivo, que recebeu em Lisboa um prêmio da Sociedade de Geologia.


No escritório de Londres, Nepomuceno Filho - um dos responsáveis, no Brasil, pelo processo que resultou na descoberta de petróleo abaixo da camada de sal -, vem dedicando a maior parte de seu tempo à prospecção de estudos geológicos em parceria com universidades locais. A Petrobras quer ampliar, por meio da reinjeção de gás carbônico (CO2) para até 50% o fator de recuperação dos reservatórios de óleo é gás natural. Hoje, este limite de recuperação chega ao máximo de 30%.


A reinjeção de CO2 é hoje um dos mecanismos técnicos utilizados para prolongar o período de operação dos campos produtores de petróleo. A ideia é utilizar a reinjeção do CO2 produzido em abundância nas áreas do pré-sal. "Quando o CO2 é injetado num reservatório de óleo, não só aumenta a pressão, mas é como se fosse um detergente. Isso aumenta o fator de recuperação, porque faz com que você tire bem mais óleo do reservatório", disse o gerente executivo.



parceiras. A reinjeção do pré-sal é um dos temas que estão sendo estudados pela Petrobras em parceria com universidades e também com as suas sócias no pré-sal brasileiro, as companhias Galp e BG, em busca de tecnologias que existam na Europa e no Oriente Médio, que possam ser aplicadas diretamente na exploração de petróleo no Brasil, sobretudo na área do pré-sal.


"Estamos trabalhando, por exemplo, na caracterização de reservatórios, porque há 30 anos trabalhávamos em reservatórios que eram arenitos. Agora são de calcário. Para isso, é preciso calibrar parâmetros de geofísica, para alocar poços com maior produtividade, com melhor drenagem de reservatórios", comentou, lembrando que há várias companhias que têm experiência na reinjeção de gás carbônico nos campos para recuperar áreas produtivas.


Nepomuceno Filho confirmou ainda os trabalhos de perfuração no pré-sal que estão em andamento na estatal. "Atualmente, estamos furando uma série de poços no pré-sal, como no BMS-17, entre São Paulo e o Paraná. Estamos terminando de furar o sal e logo vamos chegar no reservatório. Estamos testando Iracema e Iara, que estão indo bem, e perfurando um poço no nordeste de Tupi, na Bacia de Santos", disse.


Ele lembrou que a aposta no pré-sal não significa que a companhia vá deixar de procurar petróleo no pós-sal. A empresa considera que o pré-sal e o pós-sal devem ser explorados em conjunto. "Por exemplo, na Bacia de Santos, o pré-sal está a 300 quilômetros da costa e já descobrimos cinco ou seis aglomerações em águas relativamente rasas no meio do caminho. Então, o pós-sal ali servirá para montar toda a logística de exploração do pré-sal."



MARCO. O gerente de exploração e produção da Petrobras também se posicionou contra a proposta de emenda aos principais textos do novo marco regulatório do petróleo, que obriga a Petrobras a devolver para a Agência Nacional do Petróleo (ANP) os campos de baixa produtividade para que eles possam ser leiloados para pequenos investidores.


"Acho que está errado, porque quando uma companhia faz investimento, descobre um campo e gasta muito dinheiro, ela tem todo o desenvolvimento empresarial do processo. Se os campos são econômicos e têm valor, valem para a Petrobras ou para qualquer outra empresa."


Nepomuceno afirmou que os 5 bilhões de barris de petróleo que o governo deverá repassar para a Petrobras deverão vir de áreas adjacentes às atuais reservas do pré-sal na Bacia de Santos. A Petrobras vai disponibilizar sondas próprias para perfurar áreas contíguas a essas reservas em busca dos barris para que, quando o marco regulatório estiver aprovado no Congresso, a capitalização ocorra num curto prazo.
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