A Petrobras considera uma emissão de recursos no exterior denominada em euros, disse hoje (11) o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Almir Barbassa. Segundo ele, a operação depende das condições de mercado, já que a empresa está suficientemente líquida para esperar uma melhor oportunidade.
As empresas brasileiras resistem a acessar o mercado de dívida externa neste momento de forte turbulência das bolsas ao redor do mundo. Entre julho e agosto, as captações somaram US$ 5,23 bilhões, segundo levantamento do Valor Data. No mesmo período do ano passado, o saldo foi de US$ 19,23 bilhões.
O entrave tem sido os prêmios exigidos pelos investidores estrangeiros, superiores aos que as empresas estão dispostas a pagar. Ainda assim, o mercado está aberto para companhias com avaliações elevadas das agências de risco (grau de investimento), segundo avaliação de especialistas.
Nos últimos dias, uma sequência de boas notícias vindas da Europa, como as sinalizações de recapitalização dos bancos, levou certo otimismo às bolsas e ligou o sinal de alerta nos bancos de investimentos. “As operações podem sair se o mercado mantiver esse momento positivo”, disse um executivo de banco baseado em Nova York.
Esse otimismo, no entanto, pode recuar ao longo do dia com o novo impasse para a aprovação de mudanças no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira. Hoje a votação ocorre na Eslováquia.