<P>Depois de cancelar a licitação para a construção de sua plataforma bilionária, a P-57, a Petrobras estuda se fará o mesmo com a P-55. Uma decisão neste sentido traria prejuízos ao Rio Grande do Sul, candidato aos projetos através do futuro pólo naval de Rio Grande. O motivo alegado pela...
Jornal do Commercio - PoADepois de cancelar a licitação para a construção de sua plataforma bilionária, a P-57, a Petrobras estuda se fará o mesmo com a P-55. Uma decisão neste sentido traria prejuízos ao Rio Grande do Sul, candidato aos projetos através do futuro pólo naval de Rio Grande. O motivo alegado pela empresa é o elevado valor das propostas apresentadas pelos concorrentes na licitação para a construção da unidade, considerada de alta complexidade para as empresas brasileiras. Segundo o diretor da Área de Serviços da Petrobras, Renato Duque, dentro dos próximos 30 dias, a estatal vai avaliar com as empresas que participaram da licitação da P-57 os pontos que elevaram a percepção de risco do projeto. Queremos que as empresas nos digam o que é que está encarecendo o projeto para ver se podemos alterá-lo. Como está, a rentabilidade fica comprometida, disse.
O projeto da P-57 foi desenvolvido pela equipe de engenharia básica do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes) de maneira que desse viabilidade econômica à exploração de óleo pesado (de baixa rentabilidade) em águas profundas. A plataforma teria capacidade de produção de 180 mil barris por dia, a partir de 2010, no campo de Jubarte, na bacia do Espírito Santo. Segundo o diretor, caso as sugestões dos concorrentes não sejam satisfatórias uma nova concorrência será lançada.
Se os técnicos chegarem à conclusão de que não há como encaixar a unidade dentro das exigências de rentabilidade da empresa, todo o projeto terá de ser revisto. O consórcio Atlântico Sul (formado pelas construtoras Queiroz Galvão e Camargo Correa) havia apresentado a menor proposta, de US$ 1,8 bilhão, bem abaixo dos US$ 2,38 bilhões propostos pelo estaleiro Jurong, de Cingapura. Ambos foram os únicos interessados na licitação. Já no caso da P-55, que teve abertas suas propostas financeiras essa semana, o imbróglio é um pouco diferente. O consórcio formado pelo estaleiro Keppel Fels Brasil e pela construtora Odebrecht apresentou a menor proposta, de US$ 1,66 bilhão para a construção da unidade.
Duque afirmou que a comissão técnica responsável pela licitação tem os próximos 30 dias para avaliar se a proposta está dentro da expectativa de rentabilidade da empresa. O problema nesse caso é que o grupo Jurong, de Cingapura, ameaça entrar na Justiça com recurso para questionar sua desclassificação na concorrência e cancelar o processo licitatório. Por meio da assessoria de imprensa de seu braço brasileiro, o estaleiro Mauá Jurong, o grupo de Cingapura afirmou que não foi informado de que a Petrobras havia negado seu recurso na licitação, conforme previa edital. O Jurong alega que a licitação se tornou inválida porque o grupo vencedor concedeu voluntariamente um desconto de 4% na apresentação das propostas.
Duque contesta. O recurso apresentado foi negado pela Petrobras e o Jurong foi informado disso. Sobre o desconto, não há nenhum ponto no edital que cite esta possibilidade, nem que a proíba. A Petrobras não tem motivos para recusar esse desconto, comentou.
Fonte: Jornal do Commercio - PoA
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