Pré-Sal

Pesquisador diz que pré-sal exige mais engajamento dos governos federal e estadual

O desenvolvimento da região do pré-sal da Bacia de Santos depende de mais participação de empresas nacionais nos investimentos em novas tecnologias, bem como de maior inserção dos governos federal e estadual no processo, já que, sozinha, a Petrobras não será capaz de desenvolver o setor. A

Agência Brasil
31/08/2011 13:56
Visualizações: 478 (0) (0) (0) (0)
O desenvolvimento da região do pré-sal da Bacia de Santos depende de mais participação de empresas nacionais nos investimentos em novas tecnologias, bem como de maior inserção dos governos federal e estadual no processo, já que, sozinha, a Petrobras não será capaz de desenvolver o setor. A conclusão é do professor Adilson de Oliveira, coordenador do estudo Capacidade de Produção da Indústria Nacional para o Setor de Petróleo e Gás e professor do Colégio de Altos Estudos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O estudo da UFRJ procurou identificar os principais gargalos para que o desenvolvimento da região do pré-sal avance e para que a Petrobras tenha suprida a necessidade crescente de bens e equipamentos - cada vez mais sofisticados e complexos.

Em entrevista à Agência Brasil, Oliveira disse que o país tem condições de avançar tecnologicamente e de eliminar os gargalos, mas, para isso, terá que juntar esforços e investir em seu parque tecnológico. “O país tem condições de fazer isso, mas não é uma tarefa simples e não é o que está escrito nas políticas atuais. É necessário um foco bastante importante no setor de petróleo, por exemplo. E o lançamento recente do Plano Brasil Maior, que objetiva desenvolver o parque industrial brasileiro, não falou nada, ou quase nada, com relação ao petróleo”, observou o pesquisador.

O estudo da UFRJ concluiu que o parque brasileiro de fornecedores de equipamentos tem uma situação bastante diversificada. “E nós o dividimos em quatro grandes grupos: os que trabalham com tecnologia metalúrgica; mecânica; elétrica; e os que trabalham com tecnologia de instrumentação, especificação e controle de processo”.

Os pesquisadores constataram, por exemplo, que o setor elétrico está capacitado tecnologicamente para atender à demanda. “Não identificamos, no setor, dificuldades para atender às demandas tecnológicas que serão colocadas e de acompanhá-las”. Já os setores eletroeletrônico e de mecânica apresentam dificuldades de planejamento, mas de solução relativamente fácil.

De acordo com o estudo, na metalurgia há gargalos como “alguns equipamentos que exigem insumos importados, como aços especiais e coisas do gênero”. As restrições a que o estudo se refere dizem respeito aos avanços da tecnologia de ponta, necessários para extrair petróleo abaixo da camada do sal. Para que esses avanços sejam possíveis, Oliveira defende um engajamento amplo por parte dos governos e, em particular, do governo do Rio de Janeiro.

“O governo do estado tem um papel muito importante nesse processo, mas o que se vê é que o executivo fluminense vem delegando toda a responsabilidade do processo ao governo federal e à Petrobras, o que é muito pouco. Sem dúvida que é necessária uma posição política e uma participação bem mais ativa do governo do estado nesse processo. Porque a oportunidade está dada, mas os indícios de que ela será aproveitada, nem tanto”.

Oliveira criticou o que chama de “falta de participação mais ativa” da área de meio ambiente do governo, de modo a evitar o que vem acontecendo com o desenvolvimento do setor elétrico no Brasil. “O que a gente vê no setor elétrico é a existência de uma distância grande entre os que se posicionam de forma protecionista em relação à preservação dos ecossistemas e o setor produtivo, o que acaba gerando mais problemas do que solução”, disse.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Hidrelétricas
GE Vernova garante pedido de Operação & Manutenção nas u...
01/07/25
Energia Solar
GoodWe e Fotus miram liderança em mercado bilionário no ...
01/07/25
Oportunidade
Auren Energia abre inscrições para Programa de Estágio 2025
01/07/25
Etanol de milho
Reconhecimento internacional do etanol de milho para pro...
01/07/25
Resultado
Maio registra recorde nas produções de petróleo e de gás...
01/07/25
Sustentabilidade
Binatural conquista certificação internacional em susten...
01/07/25
Firjan
Produção de petróleo na porção fluminense da Bacia de Ca...
01/07/25
ANP
Divulgado o resultado final do PRH-ANP 2025
01/07/25
Evento
Maior congresso técnico de bioenergia do mundo reúne 1,6...
01/07/25
Energia Eólica
Nova MP não será suficiente para conter impactos pervers...
30/06/25
Combustíveis
Gasolina cai só 0,78% em junho, mesmo após reajuste de 5...
30/06/25
Evento
Brasil avança na transição energética com E30 e B15 e re...
30/06/25
Fiscalização
ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 12 un...
30/06/25
Pessoas
Patricia Pradal é a nova presidente da Chevron América d...
30/06/25
IBP
Manifesto em Defesa do Fortalecimento da ANP
30/06/25
Resultado
ANP divulga dados consolidados do setor regulado em 2024
30/06/25
Etanol
Preços do etanol sobem na última semana de junho
30/06/25
Combustíveis
Fiscalização: ANP realiza novo debate sobre medida repar...
27/06/25
Margem Equatorial
Capacidade de inovação da indústria de O&G impulsiona es...
27/06/25
Biocombustíveis
Sifaeg comemora aprovação do E30 e destaca ganhos para o...
27/06/25
Transição Energética
Sebrae Rio promove Seminário sobre Transição Energética ...
27/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.