O consumo de eletricidade na rede do sistema elétrico nacional totalizou, em novembro de 2008, 33.766 GWh, indicando aumento de 3,1% sobre 2007. Mostra o estudo que houve desaceleração na expansão do consumo, passando a taxa de crescimento em 12 meses de 4,7% para 4,4%.
EPEO consumo de eletricidade na rede do sistema elétrico nacional totalizou, em novembro de 2008, 33.766 GWh, indicando aumento de 3,1% sobre o mesmo mês de 2007. Mostra o estudo que houve desaceleração na expansão do consumo, passando a taxa de crescimento em 12 meses de 4,7% para 4,4%.
CONSUMO INDUSTRIAL. A alteração no cenário econômico internacional provocou mudanças na evolução do consumo industrial de energia elétrica brasileiro. Os números de novembro revelam que foi interrompida a trajetória de crescimento observada ao longo de todo ano (ver gráfico). O valor de 15.148 GWh registrado no mês é praticamente o mesmo do de novembro de 2007 (taxa de crescimento de apenas 0,1%).
A desaceleração do ritmo do crescimento do consumo industrial está relacionada ao fato de que importantes segmentos, como siderurgia, mineração e utomobilístico (e correlatos), reduziram sua produção. No Espírito Santo, a Vale suspendeu, já no início de novembro, as atividades de duas unidades de pelotização, decorrência da redução da demanda da indústria siderúrgica. Em Minas Gerais, onde se concentram as instalações siderúrgicas, 20% dos fornos pararam de funcionar. No
Nordeste, a redução da produção no segmento importou em queda de 15% no consumo de energia elétrica.
No ramo automobilístico, a redução da produção foi generalizada, com a concessão antecipada de férias coletivas e/ou alterações nas jornadas de trabalho. Não obstante, no acumulado de doze meses findos em novembro o consumo industrial ainda cresce a uma taxa de 3,8%.
CONSUMO RESIDENCIAL. Os dados apurados para o consumo residencial de energia elétrica no país indicam crescimento de 5,7% em novembro, mantendo o nível médio de crescimento no ano. O número de consumidores faturados foi de quase 53,8 milhões, significando aumento de 3,7% sobre o mesmo mês de 2007, ou a mais de 1,9 milhões de contas novas. Nessas condições, o consumo médio de energia nas residências brasileiras fixou-se em 148,1 kWh no mês de novembro,
1,2% superior ao do mesmo período em 2007.
Regionalmente, o maior aumento do consumo residencial ocorreu no Centro-Oeste, onde se observou influência da temperatura (médias mais elevadas em Campo Grande e Cuiabá) e do “efeito calendário” (maior número de dias faturados). No Sudeste o destaque foi São Paulo, onde no aumento de 6% houve influência da reclassificação de consumidores (de outras classes para a classe residencial) efetuada pelas principais distribuidoras que atuam no estado.
CONSUMO COMERCIAL. Em novembro, o consumo comercial de energia elétriva voltou a registrar recorde. É a maior taxa de crescimento mensal no ano (7,8%). Este segmento ainda não reflete efeitos da crise financeira. O ritmo de expansão é notável em todas as regiões do país. No Nordeste, os aumentos mais significativos foram observados em Sergipe (19%) e no Rio Grande do Norte (12%) e são atribuídos à instalação de novas cargas com elevado padrão de consumo (hipermercados e shopping centers) e ao retorno à rede de um grande shopping de Aracaju, que vinha se utilizando de geração própria.
No Sudeste, o crescimento de 7,9% refletiu principalmente o comportamento observado em Minas Gerais e em São Paulo. É possível que este resultado já esteja influenciado pelas movimentações que normalmente ocorrem com a proximidade das festas natalinas.
PREVISÃO PARA O ANO. Com as estatísticas apuradas em novembro, a expectativa é de que o consumo nacional de energia elétrica na rede encerre o ano 2008 com expansão em torno de 4% frente a 2007. Crescerão acima dessa média (entre 5 e 6%) os consumos residencial e comercial. Para o consumo industrial espera-se uma taxa de expansão em torno de 3% no ano. Nessas condições, o consumo total na rede poderá alcançar 393,9 TWh. Para 2009, as previsões são ainda de um consumo total na faixa de 412 TWh, com taxa de crescimento de 4,6%.
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