Pesquisa e Inovação

Pesquisa avalia alternativas para segunda geração do bioetanol

Apresentação foi feita durante simpósio em Tóquio.

Agência Fapesp
20/03/2013 13:29
Visualizações: 909 (0) (0) (0) (0)

 

Descobertas recentes sobre as plantas que podem ser consideradas alternativas e complementares à produção de etanol de segunda geração, obtido a partir da biomassa, foram relatadas durante o Simpósio Japão-Brasil sobre Colaboração Científica.
Organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência (JSPS), o evento foi realizado nos dias 15 e 16 de março na Universidade Rikkyo, com apoio da Embaixada do Brasil em Tóquio.
Marcos Silveira Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, salientou na conferência Perspectivas para a pesquisa sobre o bioetanol no Brasil os principais avanços obtidos em experimentos com genes capazes de aumentar a produção de biomassa de plantas como milho, arroz, sorgo, miscanto e beterraba açucareira.
Com apoio de dados agrícolas sobre o ciclo dessas culturas, rendimento e saldo de energia, Buckeridge e equipe no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol - um dos INCTs estabelecidos no estado de São Paulo em parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a Fapesp - criaram um índice para avaliação do desempenho de cada uma delas na produção de bioenergia, o Crop Bioenergy Performance Index (CBPI).
Segundo o pesquisador, o CBPI pode oferecer informações estratégicas sobre os caminhos que o Brasil poderá seguir. “Cana, sorgo e milho podem ser plantados e são boas soluções para o Brasil”, disse.
“Já obtivemos bons resultados em uma série de experimentos que realizamos com um conjunto de genes para a segunda geração do etanol”, disse Buckeridge. Analisamos ciclos de três meses de produção e sabemos como fazer mudanças para melhorar o processo pelo qual a planta transforma energia luminosa em biomassa usando genes, que já identificamos, com essa capacidade”, explicou.
O próximo passo é realizar o processo inverso para melhorar a produção de biomassa a partir dos resultados do sequenciamento genético da cana-de-açúcar, em andamento no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
De acordo com Buckeridge, essa etapa contará com informações do genoma da cana-de-açúcar, tentando localizar nos chamados “cromossomos gigantes” da planta, já sequenciados, os genes que usa em seus experimentos.
Os pesquisadores concluíram a identificação dos genes da cana envolvidos na quebra da parede celular da planta, processo importante para a obtenção de etanol celulósico, e usarão a mesma abordagem para lidar com o aumento da resistência da planta ao estresse hídrico.
“Essa superplanta, uma cana muito mais produtiva que poderá ser desenvolvida no âmbito do Programa BIOEN-Fapesp, poderá conter a expansão de canaviais, abrindo espaço para o plantio e recuperação de florestas localizadas a até 2 quilômetros de canaviais, um parâmetro arbitrado pelo projeto, que pode ser eventualmente alterado”, disse.
Dessa forma, o balanço negativo entre a capacidade de assimilação de dióxido de carbono (CO2) pela cana (7,4 toneladas/hectares/ano) e a de armazenamento de carbono dessas florestas (8,2 t/ha/ano) poderia ser neutralizado pela recuperação ou plantio de cerca de 800 hectares de florestas próximas a canaviais.
Os dados foram obtidos do projeto CanaSat (que utiliza técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para mapear a área cultivada e fornecer informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar), em colaboração com o pesquisador Bernardo Rudorff, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

Descobertas recentes sobre as plantas que podem ser consideradas alternativas e complementares à produção de etanol de segunda geração, obtido a partir da biomassa, foram relatadas durante o Simpósio Japão-Brasil sobre Colaboração Científica.


Organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência (JSPS), o evento foi realizado nos dias 15 e 16 de março na Universidade Rikkyo, com apoio da Embaixada do Brasil em Tóquio.


Marcos Silveira Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, salientou na conferência Perspectivas para a pesquisa sobre o bioetanol no Brasil os principais avanços obtidos em experimentos com genes capazes de aumentar a produção de biomassa de plantas como milho, arroz, sorgo, miscanto e beterraba açucareira.


Com apoio de dados agrícolas sobre o ciclo dessas culturas, rendimento e saldo de energia, Buckeridge e equipe no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol - um dos INCTs estabelecidos no estado de São Paulo em parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a Fapesp - criaram um índice para avaliação do desempenho de cada uma delas na produção de bioenergia, o Crop Bioenergy Performance Index (CBPI).


Segundo o pesquisador, o CBPI pode oferecer informações estratégicas sobre os caminhos que o Brasil poderá seguir. “Cana, sorgo e milho podem ser plantados e são boas soluções para o Brasil”, disse.


“Já obtivemos bons resultados em uma série de experimentos que realizamos com um conjunto de genes para a segunda geração do etanol”, disse Buckeridge. Analisamos ciclos de três meses de produção e sabemos como fazer mudanças para melhorar o processo pelo qual a planta transforma energia luminosa em biomassa usando genes, que já identificamos, com essa capacidade”, explicou.


O próximo passo é realizar o processo inverso para melhorar a produção de biomassa a partir dos resultados do sequenciamento genético da cana-de-açúcar, em andamento no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).


De acordo com Buckeridge, essa etapa contará com informações do genoma da cana-de-açúcar, tentando localizar nos chamados “cromossomos gigantes” da planta, já sequenciados, os genes que usa em seus experimentos.


Os pesquisadores concluíram a identificação dos genes da cana envolvidos na quebra da parede celular da planta, processo importante para a obtenção de etanol celulósico, e usarão a mesma abordagem para lidar com o aumento da resistência da planta ao estresse hídrico.


“Essa superplanta, uma cana muito mais produtiva que poderá ser desenvolvida no âmbito do Programa BIOEN-Fapesp, poderá conter a expansão de canaviais, abrindo espaço para o plantio e recuperação de florestas localizadas a até 2 quilômetros de canaviais, um parâmetro arbitrado pelo projeto, que pode ser eventualmente alterado”, disse.


Dessa forma, o balanço negativo entre a capacidade de assimilação de dióxido de carbono (CO2) pela cana (7,4 toneladas/hectares/ano) e a de armazenamento de carbono dessas florestas (8,2 t/ha/ano) poderia ser neutralizado pela recuperação ou plantio de cerca de 800 hectares de florestas próximas a canaviais.


Os dados foram obtidos do projeto CanaSat (que utiliza técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para mapear a área cultivada e fornecer informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar), em colaboração com o pesquisador Bernardo Rudorff, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Negócio
SBM Offshore assina contrato de Sale and Leaseback de US...
09/04/25
Gasoduto
Cabedelo: João Azevêdo entrega gasoduto e prepara municí...
09/04/25
Resultado
BRAVA Energia registra aumento de 80% na produção do pri...
09/04/25
Gás Natural
Naturgy debate perspectivas e desafios do setor de gás n...
09/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória PetroShow 2025 reforça protagonismo do Espírito ...
09/04/25
Biocombustíveis
MME participa de semana de reuniões técnicas sobre combu...
09/04/25
Combustíveis
ETANOL/CEPEA: Preços iniciam nova safra em recuperação
09/04/25
Meio Ambiente
"Mercado de carbono precisa ser mais transparente e aces...
09/04/25
Combustíveis
Entenda por que o preço dos combustíveis está variando c...
09/04/25
Bacia de Santos
Seagems amplia portfólio de serviços com instalação inéd...
09/04/25
Vitória PetroShow 2025
Exploração de novos blocos poderá triplicar reservas e d...
08/04/25
Evento
Espírito Santo projeta futuro da indústria de petróleo e...
08/04/25
Rio de Janeiro
Firjan e INFIS promovem 3º Seminário de Questões Tributá...
08/04/25
Chamada Pública
Comgás abre chamada pública para aquisição de biometano
08/04/25
Relatório
ANP publica Relatório Anual 2024 com avanços em inovação...
08/04/25
MME
Mistura de 30% de etanol anidro à gasolina foi cientific...
08/04/25
Vitória PetroShow 2025
Lideranças do setor de empreendedorismo e energia convid...
06/04/25
Vitória PetroShow 2025
Márcio Felix destaca a importância estratégica do Vitóri...
05/04/25
Vitória PetroShow 2025
Vitória Petroshow destaca o Espírito Santo como referênc...
05/04/25
PD&I
Embrapii firma primeira parceria com Engie Brasil Energi...
05/04/25
OTC 2025
OTC divulga os vencedores do prêmio Spotlight on New Tec...
04/04/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

22