Pesquisa e Inovação

Pesquisa avalia alternativas para segunda geração do bioetanol

Apresentação foi feita durante simpósio em Tóquio.

Agência Fapesp
20/03/2013 13:29
Visualizações: 767 (0) (0) (0) (0)

 

Descobertas recentes sobre as plantas que podem ser consideradas alternativas e complementares à produção de etanol de segunda geração, obtido a partir da biomassa, foram relatadas durante o Simpósio Japão-Brasil sobre Colaboração Científica.
Organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência (JSPS), o evento foi realizado nos dias 15 e 16 de março na Universidade Rikkyo, com apoio da Embaixada do Brasil em Tóquio.
Marcos Silveira Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, salientou na conferência Perspectivas para a pesquisa sobre o bioetanol no Brasil os principais avanços obtidos em experimentos com genes capazes de aumentar a produção de biomassa de plantas como milho, arroz, sorgo, miscanto e beterraba açucareira.
Com apoio de dados agrícolas sobre o ciclo dessas culturas, rendimento e saldo de energia, Buckeridge e equipe no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol - um dos INCTs estabelecidos no estado de São Paulo em parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a Fapesp - criaram um índice para avaliação do desempenho de cada uma delas na produção de bioenergia, o Crop Bioenergy Performance Index (CBPI).
Segundo o pesquisador, o CBPI pode oferecer informações estratégicas sobre os caminhos que o Brasil poderá seguir. “Cana, sorgo e milho podem ser plantados e são boas soluções para o Brasil”, disse.
“Já obtivemos bons resultados em uma série de experimentos que realizamos com um conjunto de genes para a segunda geração do etanol”, disse Buckeridge. Analisamos ciclos de três meses de produção e sabemos como fazer mudanças para melhorar o processo pelo qual a planta transforma energia luminosa em biomassa usando genes, que já identificamos, com essa capacidade”, explicou.
O próximo passo é realizar o processo inverso para melhorar a produção de biomassa a partir dos resultados do sequenciamento genético da cana-de-açúcar, em andamento no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).
De acordo com Buckeridge, essa etapa contará com informações do genoma da cana-de-açúcar, tentando localizar nos chamados “cromossomos gigantes” da planta, já sequenciados, os genes que usa em seus experimentos.
Os pesquisadores concluíram a identificação dos genes da cana envolvidos na quebra da parede celular da planta, processo importante para a obtenção de etanol celulósico, e usarão a mesma abordagem para lidar com o aumento da resistência da planta ao estresse hídrico.
“Essa superplanta, uma cana muito mais produtiva que poderá ser desenvolvida no âmbito do Programa BIOEN-Fapesp, poderá conter a expansão de canaviais, abrindo espaço para o plantio e recuperação de florestas localizadas a até 2 quilômetros de canaviais, um parâmetro arbitrado pelo projeto, que pode ser eventualmente alterado”, disse.
Dessa forma, o balanço negativo entre a capacidade de assimilação de dióxido de carbono (CO2) pela cana (7,4 toneladas/hectares/ano) e a de armazenamento de carbono dessas florestas (8,2 t/ha/ano) poderia ser neutralizado pela recuperação ou plantio de cerca de 800 hectares de florestas próximas a canaviais.
Os dados foram obtidos do projeto CanaSat (que utiliza técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para mapear a área cultivada e fornecer informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar), em colaboração com o pesquisador Bernardo Rudorff, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

Descobertas recentes sobre as plantas que podem ser consideradas alternativas e complementares à produção de etanol de segunda geração, obtido a partir da biomassa, foram relatadas durante o Simpósio Japão-Brasil sobre Colaboração Científica.


Organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Sociedade Japonesa para a Promoção da Ciência (JSPS), o evento foi realizado nos dias 15 e 16 de março na Universidade Rikkyo, com apoio da Embaixada do Brasil em Tóquio.


Marcos Silveira Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, salientou na conferência Perspectivas para a pesquisa sobre o bioetanol no Brasil os principais avanços obtidos em experimentos com genes capazes de aumentar a produção de biomassa de plantas como milho, arroz, sorgo, miscanto e beterraba açucareira.


Com apoio de dados agrícolas sobre o ciclo dessas culturas, rendimento e saldo de energia, Buckeridge e equipe no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol - um dos INCTs estabelecidos no estado de São Paulo em parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) com a Fapesp - criaram um índice para avaliação do desempenho de cada uma delas na produção de bioenergia, o Crop Bioenergy Performance Index (CBPI).


Segundo o pesquisador, o CBPI pode oferecer informações estratégicas sobre os caminhos que o Brasil poderá seguir. “Cana, sorgo e milho podem ser plantados e são boas soluções para o Brasil”, disse.


“Já obtivemos bons resultados em uma série de experimentos que realizamos com um conjunto de genes para a segunda geração do etanol”, disse Buckeridge. Analisamos ciclos de três meses de produção e sabemos como fazer mudanças para melhorar o processo pelo qual a planta transforma energia luminosa em biomassa usando genes, que já identificamos, com essa capacidade”, explicou.


O próximo passo é realizar o processo inverso para melhorar a produção de biomassa a partir dos resultados do sequenciamento genético da cana-de-açúcar, em andamento no âmbito do Programa Fapesp de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN).


De acordo com Buckeridge, essa etapa contará com informações do genoma da cana-de-açúcar, tentando localizar nos chamados “cromossomos gigantes” da planta, já sequenciados, os genes que usa em seus experimentos.


Os pesquisadores concluíram a identificação dos genes da cana envolvidos na quebra da parede celular da planta, processo importante para a obtenção de etanol celulósico, e usarão a mesma abordagem para lidar com o aumento da resistência da planta ao estresse hídrico.


“Essa superplanta, uma cana muito mais produtiva que poderá ser desenvolvida no âmbito do Programa BIOEN-Fapesp, poderá conter a expansão de canaviais, abrindo espaço para o plantio e recuperação de florestas localizadas a até 2 quilômetros de canaviais, um parâmetro arbitrado pelo projeto, que pode ser eventualmente alterado”, disse.


Dessa forma, o balanço negativo entre a capacidade de assimilação de dióxido de carbono (CO2) pela cana (7,4 toneladas/hectares/ano) e a de armazenamento de carbono dessas florestas (8,2 t/ha/ano) poderia ser neutralizado pela recuperação ou plantio de cerca de 800 hectares de florestas próximas a canaviais.


Os dados foram obtidos do projeto CanaSat (que utiliza técnicas de sensoriamento remoto e geoprocessamento para mapear a área cultivada e fornecer informações sobre a distribuição espacial da cultura de cana-de-açúcar), em colaboração com o pesquisador Bernardo Rudorff, do Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe).

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Rio de Janeiro
Orizon e Gás Verde se unem para expandir produção de bio...
23/12/24
Apoio Offshore
OceanPact assina contrato de R$ 697 milhões com Petrobra...
20/12/24
Curso
Firjan SENAI e PRIO promovem Hackathon Reação Offshore
20/12/24
Parceria
Petrobras assina Protocolo de Intenções com a CSN
20/12/24
Petrobras
Unidade de SNOX na RNEST entra em operação
20/12/24
Etanol
Câmara aprova programa de incentivo a fontes renováveis ...
20/12/24
Evento
Transformação Digital na indústria offshore: como Dados,...
20/12/24
Energia Solar
Eneva declara comercialização total de Futura com novo c...
19/12/24
Negócio
PetroReconcavo avança em compra de 50% de infraestrutura...
19/12/24
Gás Natural
Eneva assina primeiro contrato de suprimento industrial ...
18/12/24
Canadá
CCBC abre escritório em Fortaleza para contribuir com a ...
18/12/24
Rio de Janeiro
Naturgy e Petrobras firmam acordo para nova redução do p...
18/12/24
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
Shell Brasil vence Prêmio ANP de Inovação Tecnológica 20...
17/12/24
Usinas Flexíveis
Confiabilidade do sistema elétrico dependerá de sistemas...
17/12/24
Brasil
PLP 68/2024: grave desequilíbrio no mercado de petróleo ...
17/12/24
Drilling
Constellation anuncia contrato de US$ 528 milhões com a ...
17/12/24
Combustíveis
Gasolina volta a subir após três meses de estabilidade, ...
17/12/24
Resultado
Shell NXplorers encerra sua 8ª edição no Brasil com resu...
17/12/24
Combustíveis
PLP 68/2024 : Regulamentação da Reforma Tributária Exten...
16/12/24
Pré-Sal
FPSO Alexandre de Gusmão sai da China a caminho do Brasi...
16/12/24
Margem Equatorial
Petrobras usará tecnologia da Nasa para monitorar a Marg...
16/12/24
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

21