Novos investimentos, tecnologia, parcerias e muitos negócios pautaram o primeiro dia do Pernambuco Business 2009, evento que reúne empresários e autoridades das áreas de petróleo, gás, offshore e naval, em Recife. O evento que termina hoje reuniu cerca de 300 pessoas nos fóruns sobre o potencial de negócios do Estado e os atrativos econômicos do complexo industrial de Suape. A programação continua hoje, com debates sobre logística e competividade, financiamento e projeção da marca Suape.
A abertura do Pernambuco Business foi realizada pelo ministro do Petróleo de Angola, José Maria Botelho de Vasconcelos, que se mostrou impressionado com o desenvolvimento dessa nova cadeia produtiva em ascensão no estado: "Pernambuco está em franco desenvolvimento, e tem várias oportunidades no segmento de máquinas e serviços. Estaremos juntos na formação de parcerias destas novas oportunidades", comentou.
Angola espera receber investimentos de US$ 16 bilhões por ano para financiar projetos, dentre os quais o Angola LNG, que produzirá 5,5 milhões de toneladas de GLN/ano a partir de 2012. Após participar do seminário, o ministro Botelho de Vasconcelos e a delegação angolana sobrevoaram a área do Complexo de Suape, acompanhados do secretário de desenvolvimento de Pernambuco e presidente do Porto de Suape, Fernando Bezerra Coelho.
Ao longo do dia, três paineis abordaram os incentivos governamentais para instalação de polos industriais, o desenvolvimento tecnológico e a capacitação de mão de obra para o setor. O diretor executivo da PDVSA no Brasil, Sergio Tovar, apresentou a conjuntura venezuelana na produção e comercialização de petróleo. "Hoje exportamos 83% de nossa produção", informou. Ele anunciou ainda a inauguração, em janeiro de 2010, em Pernambuco, do escritório para gerenciar a participação da Refinaria Abreu e Lima. De acordo com Tovar, a PDVSA e a Petrobras já concluíram as negociações para a parceria no empreendimento e restam apenas formalidades para a assinatura do contrato.
Outro destaque foi a palestra de Ricardo Peixoto, diretor da Petrogal, empresa parceira em inúmeros projetos do órgão de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, que detalhou os investimentos de R$660 milhões no Brasil.
Empresas participantes anunciaram interesse em se instalar no estado. É o caso da holandesa Huisman, uma das maiores fornecedoras de equipamentos offshore no mundo. David Roodenburg, diretor da Huisman no Brasil, afirmou ontem que Pernambuco é o estado com mais chances para abrigar a fábrica de guindastes que a empresa vai construir no país. Entre as vantagens estão o licenciamento, incentivo fiscal e custo de capital. Segundo Roodenburg, o governo de Pernambuco está garantindo um prazo de licenciamento de um ano, considerado adequado para o projeto. Outra vantagem apontada é a disponibilidade de áreas livres, o que reduz o custo do investimento inicial na recuperação do terreno. O estado concorre com Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo.
O gerente executivo de abastecimento da Petrobras, Luiz Alberto Gaspar Domingues, revelou os planos da empresa e o perfil de investimentos da empresa, que, de 2008 a 2012, aplicou cerca de US$ 112,4 bilhões no setor: “Para 2009 a 2013, disponibilizaremos RS$ 174,4 bilhões. Vale destacar que uma satisfatória quantidade desse montante proporcionou o crescimento na área de transporte e refino. Isso mostra que não focamos só no petróleo”.
Hoje, serão abordados temas como a logística como fator de competividade, mecanismos de financiamento e a projeção da marca Suape no Brasil e no mundo. Entre os palestrantes, destaque para a palestra do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, a diretora do Ex-Im Bank dos EUA, Diane Farrell, e o diretor geral do Porto de Rotterdam, Marc Evertse.
O Pernambuco Business é uma realização do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), do Governo do Estado de Pernambuco, da empresa Suape, da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), e da Organização Nacional da Indústria de Petróleo (Onip).