Ampliação

Pecém contará com US$ 616 milhões para ampliação

<P>O Plano de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará, elaborado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), apresentado esta semana, aponta a necessidade de novas obras para sustentar a movimentação de 5,7 milhões de toneladas, previstas para 20...

Redação
23/02/2006 00:00
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O Plano de Desenvolvimento do Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará, elaborado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), apresentado esta semana, aponta a necessidade de novas obras para sustentar a movimentação de 5,7 milhões de toneladas, previstas para 2012.

O volume que poderá tingir 27,4 milhões de toneladas, em pouco mais que uma década depois. O plano de expansão do complexo do Pecém foi apresentado em Brasília e em Fortaleza. Dados da Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), responsável pela administração do terminal, indicam que a movimentação cresceu 14% em 2005 sobre o ano anterior, alcançando 1,075 milhão de toneladas.

No setor de carga geral, o aumento foi de 22%, em relação a 2004. Dos US$ 930,4 milhões exportados pelo Ceará, US$ 550 milhões passaram pelo Pecém (59,1%), no período analisado. O número de navios atracados chegou a 399, aumento de 54%, comparado a 2004. 

O estudo prevê a necessidade de investimentos globais da ordem de R$ 1,435 bilhão até 2022. Desse total, R$ 616 milhões correspondem a primeira etapa, de expansão do complexo, implementada até 2012, desde que executadas 100% das obras.

O plano, que servirá de apoio às indústrias locais e oferecerá embasamento técnico ao governo para ordenar a ocupação do espaço no complexo, aponta dois horizontes. O primeiro identifica as ações de desenvolvimento do porto nos próximos 16 anos, levando em conta aspectos como a operação de cargas, transportes de volumes, número necessário e tamanho dos estabelecimentos portuários para atender às demandas.

O outro define prioridades baseadas em pesquisa sobre as condições naturais do terminal, sistema de informações para administração e operação portuária, construções, previsão de custos, incluindo as estratégicas administrativas e de marketing.

Para sustentar a expansão no Pecém, localizado no município de São Gonçalo do Amarante, a 56km de Fortaleza, o levantamento sugere ampliações e construção de novos equipamentos, quebra-mares, outra ponte, canais de acesso marítimo e ramais ferroviários.

O projeto, que sinaliza para novos terminais de contêineres de frutas, grãos/fertilizantes e de múltiplo uso, faz parte da proposta de avaliação da agência, que já realizou estudo semelhante para o projeto do Metrô de Fortaleza, em 1984.

A investida de ampliação no Pecém, inaugurado em 2001, faz parte de convênio assinado em março do ano passado, entre os governos do Ceará e do Japão. A Jica doou US$ 2 milhões para a realização do levantamento e coube ao estado o apoio técnico. O diretor executivo da International Development System Inc. (IDS), Yugo Otsuki, adianta que o documento final será enviado ao governo do Ceará em março.

A proposta da Jica leva em conta as condições sócio-ambientais e sugere alternativa de menor impacto ao meio ambiente. O secretário de infra-estrutura (Seinfra), Luiz Eduardo Barbosa de Moraes, diz que o aumento na movimentação do terminal exige estratégias de curto e longo prazo para o complexo do Pecém. 

Para ele o processo de crescimento acelerado do movimento de cargas no Ceará e no Pecém exige antecipação. As vantagens competitivas de localização geográfica e de agilidade operacional precisam de resposta da infra-estrutura, para evitar que os armadores procurem outros portos em melhores condições.

A investida irá possibilitar a solução de gargalos, caso dos berços para a movimentação de contêineres e da agitação do mar em um dos píers do porto, que não comprometem a produtividade, mas inibem o aumento da capacidade operacional.

Em 2005, o Pecém cresceu 25% na movimentação de contêineres, com 104,097 mil Teu’s (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés). Do projeto de curto prazo, está em andamento o processo de licitação para obras do terminal de múltiplo uso, orçado em R$ 300 milhões, recursos do governo do estado, 50% via empréstimos junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O Píer 3 terá 760m de cais, 85 mil m² de pátio de cargas off-shore e capacidade para movimentar 500 mil Teu’s/ano, além de ser destinado à atracação de navios de até quarta geração. O projeto inclui ainda obras de prolongamento da ponte de acesso do terminal de petróleo, de 380 metros, e o prolongamento do quebra-mar de proteção, em 350 metros.

No longo prazo, considerado 2022, as estimativas apontam 784 mil Teu’s e, para atender esse volume, o estudo propõe um terminal de contêiner off-shore completo com extensão de 900m e profundidade de 16m, que permite acomodar navios do tipo post-Panamax, com uma capacidade de mais de 9.000 Teu’s.

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