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A petroleira federal venezuelana, PDVSA, poderia dividir o projeto de gás natural offshore Mariscal Sucre, avaliado em US$ 2.700 milhões, em um projeto upstream e outro downstream com o fim de facilitar a entrada de um novo sócio, a petroleira brasileira Petrobras, informou à imprensa o ministro de Energia e Petróleo e presidente da PDVSA, Rafael Ramírez.
A PDVSA também poderia reduzir sua participação maioritária no projeto para ajeitar a participação da Petrobras, destacou Ramírez.
Em Mariscal Sucre, a PDVSA tem uma participação maioritária e, dentro dessa participação, a petroleira venezuelana pode fazer um arranjo que melhor lhe acomode, disse Ramírez.
Ainda assim, Ramírez destacou que a PDVSA tem estado reavaliando Mariscal Sucre e que redimencionarão o projeto. Jão não será um projeto integrado, mas um de upstream e outro de downstream para liquefação e processamento de gás, acrescentou.
PDVSA manterá uma participação maioritária no componente upstream do projeto, no que convidou a Petrobras a participar, destacou.
O projeto implica produzir gás em frente à península Paria, na zona nordeste da Venezuela, para alimentar uma proposta planta de liqüefação que exportaria gás natural liqüefeito (GNL) aos Estados Unidos e outros mercados.
Ramírez destacou que a área de Sucre também é rica em petróleo, pelo que não se descarta a possibilidade de um projeto destinado unicamente à produção de petróleo.
A PDVSA e a Petrobras assinaram um memorando de entendimentos para avaliar a possibilidade de associação em Mariscal Sucre, em 14 de fevereiro, durante a visita à Venezuela do presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva.
A anglo-holandesa Shell está desenvolveno o projeto Mariscal Sucre e esteve negociando os detalhes com a PDVSA durante anos. Segundo um comunicado anterior, a Shell teria uma participação de cerca de 30% no projeto, a PDVSA teria aproximadamente 60% e a japonesa Mitsubishi, 8%.
Ramírez admitiu que a participação dos sócios em Sucre terá que reacomodar-se com a incorporação da Petrobras, mas não quis revelar as porcentagens.
O processo de discussão com a Shell e a Mitsubishi não se fechou, destacou Ramírez.
Aumentar o uso de gás natural para exportações e projetos petroquímicos se converteu no ponto central da política energética da Venezuela durante a presidência de Hugo Chávez.
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