Jornal do Commercio/PE
A Petrobras e a PDVSA devem assinar, até o fim de março, um acordo de definições operacionais e financeiras para a Refinaria Abreu e Lima. O documento será assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega venezuelano, Hugo Chávez. Entretanto, nos bastidores, as duas empresas travam uma briga sobre a estrutura operacional e acesso ao mercado de distribuição através da refinaria binacional.
O Palácio das Princesas já trabalha com a data de 25 e 26 para a visita dos dois presidentes, o que deve incluir uma visita às obras da refinaria, em Suape, e um jantar na sede do governo pernambucano. Até o momento, a Petrobras vem tocando sozinha o projeto do empreendimento. Na cerimônia de lançamento das obras, em 4 de setembro de 2007, nenhum executivo da PDVSA esteve presente e o diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, cobrou publicamente uma resposta da empresa venezuelana sobre a proposta de associação. A PDVSA depois respondeu e a Petrobras fez uma contraproposta. Agora, as duas empresas trabalham para acertar os ponteiros, mas há interesses bem divergentes.
O gerente do projeto da refinaria, Ricardo Barreto, da Petrobras, admite que a proposta de associação ainda tem que passar por “ajustes”. “Tem que ser uma coisa bacana para as duas empresas. Não é uma coisa fácil para empresas de dois países, com legislações diferentes e culturas diferentes”, diz.
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