Valor Econômico
A Petrobras Energía, subsidiária da Petrobras na Argentina, teve uma redução de 9,5% no lucro do ano passado em relação a 2004. Fechou o ano com um lucro de 613 milhões de pesos (US$ 198 milhões) contra 678 milhões de pesos (US$ 219 milhões) registrados no ano anterior. O lucro do último trimestre do ano sofreu uma forte queda, passando de 522 milhões de pesos (US$ 169 milhões) para 109 milhões de pesos (US$ 35,2 milhões) na mesma comparação.
Já o patrimônio da empresa teve um aumento de 11,1% no exercício, passado para 6,1 bilhões de pesos (US$ 1,9 bilhão). O balanço e as informações foram entregues ontem à Bolsa de Valores de Buenos Aires.
"O lucro da empresa vem declinando com relação aos períodos anteriores e isso é provocado em grande parte pelas dificuldades de refinamento de petróleo no país devido à regulação estatal", diz o analista e sócio da Argentine Research, Rafael Ber.
Para ele, os resultados também sofreram a interferência negativa das renegociações de contratos da Petrobras Energía com a PDVSA na Venezuela.
"A empresa teve de provisionar US$ 140 milhões e isso não é pouco. Há um cenário de incertezas quanto aos faturamentos futuros da empresa", acrescenta.
No relatório sobre o balanço, a empresa diz que a maior participação do governo de Hugo Chávez nos contratos vigentes, através da Petróleos de Venezuela, impactou nos resultados.
A Petrobras Energía atua no mercado argentino há três anos. Dos seus negócios, 55% são realizados no próprio país, 30% estão direcionados à Venezuela e os demais 15% estão divididos entre Peru, Equador e Bolívia.
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