Com operação prevista para o terceiro trimestre de 2024, a nova planta de liquefação e compressão de gás natural terá capacidade de 98.000 m3/dia e vai atender os mercados industrial e automotivo, com energia mais limpa e competitiva, em um raio de abrangência de até mil quilômetros, a partir de Itabuna/BA
Redação TN Petróleo/AssessoriaCom um investimento da ordem de R$ 155 milhões, um projeto de vanguarda vai garantir novos avanços na interiorização do gás natural na Bahia e em outras regiões do Nordeste. Fruto de uma Parceria Público-Privada entre a Petrobahia, quarta distribuidora de combustíveis que mais cresce no país; a GNLink, distribuidora de gás natural pertencente ao Grupo Lorinvest; e a Bahiagás, concessionária responsável por desenvolver a infraestrutura e o mercado de distribuição de gás natural em todo o Estado, a nova planta de liquefação e compressão de gás natural está prevista para entrar em operação no terceiro trimestre de 2024, em Itabuna, município do sul da Bahia.
O empreendimento terá capacidade de 98.000 m3/dia de gás natural e vai gerar empregos com a contratação de mão de obra direta e indireta, além da arrecadação de tributos e novas divisas para a comercialização do gás natural na Bahia. Todos os equipamentos já estão em fabricação para essa implementação do acordo, que ainda conta com a expertise em logística da Transbahia Transportes e com o apoio institucional da prefeitura de Itabuna. Essa união de esforços para o desenvolvimento do projeto visa otimizar a competitividade dos setores industrial e automotivo das cidades atendidas em um raio de abrangência de até 1.000 quilômetros a partir de Itabuna, com o acesso a uma fonte de energia mais limpa, econômica e sustentável.
A assinatura dos contratos aconteceu em duas etapas, durante um almoço de negócios e em um encontro nesta quarta-feira (11) pela manhã na sede da Governadoria, com a presença do Governador Jerônimo Rodrigues, dos empresários parceiros, de autoridades locais e de Itabuna, e de entidades representativas da indústria baiana.
"O que nós estamos fazendo aqui é interiorizando a política pública e a infraestrutura. Chegar com gás condensado e liquefeito em cada ponto do Estado da Bahia é garantir o consumo dentro de casa, a hombridade com o transporte e que as indústrias possam se sentir seguras para investir na Bahia por ter condições de oferta de gás. Essa parceria entre a Petrobahia, GNLink e Bahiagás com o Estado da Bahia reforça nossa capacidade de buscar mais investimentos, capacitar a nossa mão de obra e gerar emprego direto em toda a cadeia. Vamos precisar de gás para investir no desenvolvimento da indústria , no transporte de passeio e de cargas, além de dar atenção outros segmentos, como o da saúde, beneficiando hospitais de Teixeira de Freitas, Juazeiro e de todo o oeste baiano. Esperamos celeridade na implantação do projeto até meados do ano que vem, sendo que, hoje, assinamos o início de um processo, mas existem outras ações que também queremos fazer de forma compartilhada", declara o Governador da Bahia, Gerônimo Rodrigues.
Marco histórico
Segundo o Diretor Presidente da Petrobahia, a Companhia tem por compromisso levar desenvolvimento para o interior da Bahia e por onde ela passa. Isso acontece desde a sua fundação, quando cerca de 70 municípios baianos ainda não tinham um posto de gasolina sequer, e a empresa começou a levar combustível para essas localidades mais distantes, até a atualidade, mantendo esse propósito levando adiante o gás natural e outras soluções inovadoras para essas regiões.
"Essa agenda é um marco histórico para o gás natural na Bahia, e os parceiros não poderiam ser melhores. A Petrobahia detém vasta expertise na área em que atua, a GNLink tem um time de excelência e com um olhar muito voltado para a modernização do processo e do fluxo de gás e, na outra ponta, contamos com a confiabilidade e disponibilidade do produto da Bahiagás. Então, vejo nossa aliança com muita sinergia e estou muito feliz por este momento", declara o CEO Thiago Andrade.
Ele diz que essa complementariedade, tanto de posições em termos de estrutura de negócios quanto de relacionamento e networking, convergiu para essas importantes frentes de trabalho e desdobramentos estratégicos não só nos municípios baianos. "Este projeto será um divisor de águas. Estamos discutindo sobre como estender os corredores azuis da Petrobahia com confiabilidade no processo e fonte de suprimentos sustentável e competitiva com avanços em todo o Nordeste", completa Andrade.
A proposta da parceria é que a GNLink compre o gás natural da Bahiagás, invista, opere e mantenha as unidades de processamento e distribuição do Gás Natural Liquefeito (GNL) e Gás Natural Comprimido (GNC). Já a Petrobahia será responsável pela logística, juntamente com a Transbahia, e ainda utilizará o gás natural para ampliar a sua rede de postos com Gás Natural Veicular (GNV) pela Bahia.
Para o CEO da GNLink, Marcelo Rodrigues, este é o pontapé para a interiorização do gás baiano. "O projeto propiciará a antecipação no fornecimento de gás natural da Bahiagás para regiões fora da malha dutoviária, assim como a oferta deste produto em diversas cidades importantes do interior da Bahia e em outros estados do Nordeste", destaca.
De fato, conceitualmente, a natureza do projeto é atuar em complementariedade às atividades da Bahiagás como desenvolvedor dos mercados demandantes do gás natural em locais ainda não atendidos por gasoduto. Também é um acelerador para a evolução e incremento da matriz energética no interior do Estado, com a implementação dos corredores azuis, que funcionam como rotas com oferta de gás natural em ondas de amplificação da oferta deste combustível.
Maior competitividade e benefícios para toda a sociedade
"Esse projeto é uma vitória de uma responsabilidade enorme. Representamos uma empresa que está há 70 anos no Brasil, e agora temos o privilégio de fazer negócio com a confiança da Petrobahia, que vejo ter uma semelhança muito grande com o Grupo Lorinvest, e, em especial, junto com a Bahiagás. Não haveria outra saída de interiorização do gás em um estado que tem o tamanho da França sem ser via o modal rodoviário, exatamente como a Petrobahia começou e vem expandindo sua distribuição. Agora, vamos iniciar uma nova etapa, com o pioneirismo de um projeto de liquefação conectado ao gasoduto da distribuidora que tem a maior competitividade de compra de gás natural do País e múltiplos fornecedores para levar o gás aonde o Estado disser que quer que o combustível chegue", revela Marcelo Rodrigues.
Para ele, um passo importante para Bahia, que tem uma dimensão geográfica muito grande e não possui até agora a infraestrutura de gasodutos necessária para levar o gás para todos os seus municípios. Mas, com esse novo projeto, que possui uma tecnologia inovadora e estará conectado ao duto da Bahiagás, será possível liquefazer e comprimir o gás para abastecer essas cidades, beneficiando toda a sociedade e diferentes nichos de mercado com um gás economicamente mais competitivo, que emite menos carbono, menos emissões e que pode aumentar a performance operacional de muitas empresas.
"Será possível criar redes locais em determinadas cidades pra conectar vários clientes, proporcionando um ganho para o Estado em termos de competitividade e atratividade para instalação de novas empresas em busca de oportunidades menos convencionais. Nesse sentido, a expertise da Petrobahia vai ser extremamente importante através da Transbahia, que vai operar a logística no Nordeste inteiro por meio dessa parceria. Inclusive, já temos um segundo projeto sendo negociado para ter mais uma unidade de planta semelhante em outro estado no Nordeste, com o objetivo de complementar toda a logística do que pretendemos fazer", adianta o CEO da GNLink.
De acordo com o superintendente da Transbahia Transportes, João Manoel Amaral, este é mais um negócio que está sendo gerado para o grupo e que exigirá outros meios de transporte e equipamentos diferentes. "Vindo mais fontes de energia, com um produto que é renovável e mais limpo, será um ganho para todos", pondera.
O contrato também é considerado estratégico para a Bahiagás, uma vez que o gás natural poderá ser comercializado em localidades ainda não atendidas pela sua rede de dutos, sendo possível antecipar o atendimento à Vitória da Conquista e Juazeiro, dentre outros municípios, ampliando a oferta de gás no Estado.
"Esse é um momento de grande alegria pra nós, pois estamos em um processo firme de interiorização do gás natural na Bahia e gasoduto ainda é uma estrutura muito cara, por isso estamos procurando trazer mais competitividade para a construção de novos equipamentos, inclusive com materiais mais novos, mas esse processo não fica maduro rapidamente. Hoje, precisamos sinalizar para a sociedade baiana que estamos tomando uma atitude de vanguarda para cumprir os desafios que a concessão nos deu de ir até o interior do Estado junto com a GNLink e a Petrobahia, que já é nossa parceira de muito tempo. Isso nos permitirá levar o gás, comprimido ou liquefeito, da forma que for mais economicamente viável, para nichos de mercado que ainda estão distantes da nossa rede física", explica Luiz Gavazza, CEO da Bahiagás.
Primeiramente, o gás natural chegará até Vitória Conquista e Jequié, pelo trecho do gasoduto rumo ao sudoeste baiano, mas também contemplará o oeste da Bahia, carente de energia e de um combustível mais limpo como o gás natural, e ainda para o extremo-norte do Estado, beneficiando um importante polo de fruticultura regional. "A gente tem esses espaços e atividades importantíssimas para apoiar e que pela dimensão territorial são difíceis de serem atendidos se a gente não fizer esses movimentos com parcerias pra antecipar mercados e a cultura do gás natural", esclarece Gavazza.
O Secretário de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Itabuna, José Raimundo Araújo, também comemora o acordo e afirma que desde o início a nova planta de gás natural despertou atenção. "Itabuna não recebe um investimento privado como esse há 30 anos. Isso gera uma expectativa em toda a sociedade com relação à geração de postos de trabalho e contribuição de impostos. Com essa instalação, toda a microrregião do município será beneficiada e Itabuna passará a ser um polo distribuidor de gás natural, ajudando a impulsionar a indústria, o comércio, o emprego e a renda da nossa comunidade", pontua.
Atestado pela Concessionária Estadual, este será o primeiro projeto de liquefação de gás natural oriundo de gasoduto no Nordeste. A implantação deverá acontecer de acordo com as seguintes etapas:
1-A GNLink compra o gás natural da Bahiagás, investe, opera e mantém todos os equipamentos necessários, com investimento na ordem de R$ 125 milhões;
2-A Petrobahia fará a logística e utilizará o gás natural para ampliar a sua rede de postos com GNV no Estado da Bahia, com investimento na ordem de R$ 30 milhões;
3-Com a recente Chamada Pública para interiorizar o gás natural em 10 cidades do Estado, lançada pela Bahiagás, o projeto poderá suportar esta iniciativa em cidades como: Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, Juazeiro, Linha Verde, Eunápolis, Santo Antônio de Jesus, Itapetinga, Porto Seguro, Vitória da Conquista e Teixeira de Freitas.
Fale Conosco
21