<P>O fim das operações de dragagem contratadas pela Secretaria Especial de Portos do governo federal para o canal portuário de Itajaí completou um mês nesta quinta-feira (28). Ainda não há uma definição sobre a retomada do trabalho inacabado, que deve durar 15 dias para ser concluído e res...
Diário CatarinenseO fim das operações de dragagem contratadas pela Secretaria Especial de Portos do governo federal para o canal portuário de Itajaí completou um mês nesta quinta-feira (28). Ainda não há uma definição sobre a retomada do trabalho inacabado, que deve durar 15 dias para ser concluído e restabelecer a profundidade do canal, permitindo o retorno dos navios de até 280 metros de comprimento com carga máxima.
Mas as negociações entre a Superintendência do Porto de Itajaí e as quatro empresas interessadas na obra, que custará cerca de R$ 4 milhões, ainda não chegaram a um consenso. Apesar da divulgação de que os dois grandes terminais privados do Rio Itajaí-Açu, Teconvi e Portonave, arcariam com os custos, há cerca de duas semanas, a autoridade portuária de Itajaí resolveu recorrer ao governo federal para angariar o recurso.
Dos R$ 350 milhões liberados para a reconstrução do porto pelo presidente Lula, ainda há R$ 50 milhões disponíveis, que o governo economizou. Por isso existe esta tentativa de se resgatar os recursos necessários, explicou o diretor de Comunicação do Porto de Itajaí, Hélio Floriano dos Santos.
Segundo Santos, a superintendência resolveu não divulgar novos prazos para a retomada da dragagem.
Redução da movimentação
O impacto da crise mundial e a demora para normalizar as operações, abaladas pela enchente de novembro, estão custando caro para os portos do Itajaí-Açu. Para voltar a operar com o mesmo volume de toneladas do primeiro quadrimestre de 2008, o complexo teria de recobrar 47% da movimentação, redução percebida de janeiro a abril deste ano.
No cais público de Itajaí e do arrendatário Teconvi, a queda na movimentação de mercadorias em toneladas chegou a 78% de janeiro a abril deste ano, em relação aos primeiros quatro meses de 2008.
O diretor Comercial do porto, Robert Grantham, diz que boa parte da queda deve ser associada à crise mundial, com a redução das exportações catarinenses e das importações como um todo, com exceção do que vem da China.
Mesmo com o fim da dragagem não conseguiremos retomar de imediato a movimentação anterior à enchente. Mas poderemos trazer de novo navios que ainda não retornaram. A urgência é grande , declarou.
Histórico
A dragagem do Rio Itajaí-Açu, para recuperação após a enchente de novembro, começou em janeiro e recebeu um investimento de R$ 26,2 milhões do governo federal.
O contrato com o Consórcio Draga Brasil, que previa a remoção de até 3 milhões de metros cúbicos de sedimentos, foi dado como cumprido no dia 28 de abril pela Secretaria Especial de Portos (SEP), já que foi firmado por volume dragado.
A dragagem feita pelo Consórcio Draga Brasil não atingiu a profundidade anterior à enchente. O canal externo, no mar, que possuía 12 metros, tem pontos com 10,5 metros.
A última medição no local apontou que falta remover do canal externo 300 mil metros cúbicos de sedimentos. O canal para navios dentro do Rio Itajaí-Açu já está totalmente adequado, de acordo com o Porto de Itajaí.
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