O presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben), Edson Kuramoto, disse ontem (30) que o país não deve promover mudanças no programa nuclear brasileiro em função da catástrofe que afetou o complexo de Fukushima, no Japão, no último dia 11.
“Hoje, não teria sentido discutir isso porque o emocional está muito acima do racional. Qualquer decisão que se tome hoje será influenciada pelo emocional, não pelo racional. Seria mais prudente que a análise fosse feita no futuro, após o domínio desse acidente e de suas consequências”, disse à Agência Brasil. Ele participou de audiência pública sobre a segurança das usinas em Angra dos Reis, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O presidente da Aben ressaltou a importância da energia nuclear para o desenvolvimento do Brasil. Disse que isso foi demonstrado no documento Planejamento Energético 2030 e na revisão até 2035. Afirmou que a opção de energia hidráulica é limitada e, "a partir de 2025, estará esgotada”. A partir daí, disse o que o país precisará de uma alternativa que gere energia em grande escala. “E as usinas nucleares estão disponíveis para contribuir no desenvolvimento do país. É uma alternativa estratégica e deve ser tratada como tal”.