Etanol

País negocia cotal com tarifa mais baixa

Valor Econômico
25/11/2008 04:51
Visualizações: 318 (0) (0) (0) (0)

Brasil quer assegurar um volume substancial de exportação de etanol para União Européia (UE) e Estados Unidos com tarifa mais baixa, como condição para aceitar nas próximas semanas um acordo pelo qual os dois gigantes criariam novas cotas agrícolas, que limitam a quantidade de produtos que podem entrar em seus mercados.

 

Fonte próxima de Bruxelas indicou ontem que a UE e o Brasil poderiam conduzir as negociações para um volume de cota representando 6% do consumo europeu. Mas diplomatas brasileiros negaram que o tema já tenha sido tratado e insistiram que as cifras devem ser bem diferentes. O que deve, de fato, balizar a barganha são as cifras que estavam na mesa em agosto, quando fracassou a negociação ministerial de Genebra, e que podem resultar em negócios de várias centenas de milhões de dólares por ano.

 

A UE tinha proposto ao Brasil um plano escalonado pelo qual a cota para o etanol começaria com 4% do consumo domestico europeu e, sete anos depois, chegaria a 10%. Isso significa volume de 200 mil toneladas no primeiro ano, até alcançar 1,4 milhão de toneladas sete anos mais tarde, representando um negócio de US$ 1 bilhão, de acordo com a cotação de ontem.

 


A Unica, entidade que representa os produtores brasileiros, reagiu, porque o consumo na UE é baixo atualmente. Considera que a cota deveria começar com 11% do consumo europeu (5% por causa de acordo sobre cotas ainda da Rodada Uruguai e 6% pela criação de novas cotas).

 

A discussão com os europeus sempre esteve mais avançada do que com os EUA. Mas as cifras para etanol no mercado americano são substancialmente maiores. Se a cota nos EUA começar com 4% do consumo doméstico, representará 1,7 milhão de toneladas de exportação. Chegando a 10% sete anos depois, o volume de exportação estará em 6,8 milhões de toneladas, o que representa pouco mais de US$ 4 bilhões por ano.

 

Atualmente, países importadores já impõem várias cotas, limitando a entrada de produtos agrícolas em seus mercados. Agora, querem criar novas cotas, mas precisam compensar os exportadores. O problema é o Japão, maior importador liquido de alimentos, que resiste a pagar a fatura.

 


Parece claro para certos negociadores, em todo caso, que o Japão terá de abrir volume com tarifa menor para o açúcar, podendo beneficiar o Brasil. A Noruega pode também abrir cota para carne bovina, o que favorece o Mercosul. Até sexta-feira, os países na Organização Mundial do Comércio (OMC) devem sinalizar alguma flexibilidade sobre salvaguarda exigida pela Índia, China e outros países em desenvolvimento com agricultura frágil, para frear importações. E também sobre o número de produtos sensíveis, que países desenvolvidos querem relacionar para sofrerem cortes tarifários menores.

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Transição Energética
CCEE reforça protagonismo na transição energética durant...
02/07/25
Biodiesel
Indústria doa equipamentos para fortalecer fiscalização ...
02/07/25
Macaé Energy
Licença Prévia do projeto Raia é celebrada na abertura d...
02/07/25
Hidrelétricas
GE Vernova garante pedido de Operação & Manutenção nas u...
01/07/25
Energia Solar
GoodWe e Fotus miram liderança em mercado bilionário no ...
01/07/25
Oportunidade
Auren Energia abre inscrições para Programa de Estágio 2025
01/07/25
Etanol de milho
Reconhecimento internacional do etanol de milho para pro...
01/07/25
Resultado
Maio registra recorde nas produções de petróleo e de gás...
01/07/25
Sustentabilidade
Binatural conquista certificação internacional em susten...
01/07/25
Firjan
Produção de petróleo na porção fluminense da Bacia de Ca...
01/07/25
ANP
Divulgado o resultado final do PRH-ANP 2025
01/07/25
Evento
Maior congresso técnico de bioenergia do mundo reúne 1,6...
01/07/25
Energia Eólica
Nova MP não será suficiente para conter impactos pervers...
30/06/25
Combustíveis
Gasolina cai só 0,78% em junho, mesmo após reajuste de 5...
30/06/25
Evento
Brasil avança na transição energética com E30 e B15 e re...
30/06/25
Fiscalização
ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 12 un...
30/06/25
Pessoas
Patricia Pradal é a nova presidente da Chevron América d...
30/06/25
IBP
Manifesto em Defesa do Fortalecimento da ANP
30/06/25
Resultado
ANP divulga dados consolidados do setor regulado em 2024
30/06/25
Etanol
Preços do etanol sobem na última semana de junho
30/06/25
Combustíveis
Fiscalização: ANP realiza novo debate sobre medida repar...
27/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.