Jornal do Commercio
O governo chinês forneceu ontem detalhes do plano de estímulo para seus setores de petróleo e petroquímico. O objetivo é processar anualmente 405 milhões de toneladas métricas de petróleo bruto até 2011, equivalente a 8,13 milhões de barris diários. A meta implica num aumento de 18% em relação à média de 6,87 milhões de barris diários que as refinarias processaram em 2008. Segundo analistas, parte do aumento no volume de petróleo processado pelas refinarias será atendido pelas importações, uma vez que a produção nos campos domésticos tem sido lenta nos últimos anos. Isso explicaria em parte o recente e inesperado avanço nas exportações brasileiras de petróleo para a China. A produção de petróleo da China só cresceu 2,3% ano passado, enquanto as importações saltaram cerca de 10%.
Seis grandes projetos de refino e oito de etileno serão colocados em linha até 2011, para se estabelecer 20 bases de refino com capacidade anual de processamento de petróleo de mais de 10 milhões de toneladas e 11 bases de produção de etileno com produção anual acima de 1 milhão de toneladas, segundo o plano de estímulo. Também serão realizados estudos em planos para mais projetos de refino e petroquímicos no sudoeste, depois da assinatura de acordo para construir um oleoduto ligando a região com o país vizinho de Mianmar.
RESERVAS. A China também aumentará a reserva estratégica de derivados de petróleo e começará a esboçar um sistema para reservas comerciais de derivados de petróleo, em linha com os estoques comerciais de petróleo. O governo apoiará empresas domésticas na exploração e desenvolvimento de recursos no exterior por meio da extensão de crédito preferencial e políticas de câmbio e fiscais. Fusões e aquisições domésticas de empresas estatais também serão encorajadas. Um desses empreendimentos já definidos é a exploração das reservas do pré-sal brasileiro.
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