Pesquisa

Otimismo do empresário cai pelo terceiro mês consecutivo, informa CNI

Os industriais brasileiros estão menos otimistas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 0,8 ponto em abril na comparação com março e ficou em 59,7 pontos. Foi o terceiro mês consecutivo de queda do indicador, revela a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da

Redação
19/04/2011 14:54
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Os industriais brasileiros estão menos otimistas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 0,8 ponto em abril na comparação com março e ficou em 59,7 pontos. Foi o terceiro mês consecutivo de queda do indicador, revela a pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), nesta terça-feira, 19 de abril.  Na comparação com abril de 2010, o índice caiu 7,2 pontos. O ICEI varia de zero a cem. Valores acima de 50 indicam empresários confiantes.


O ICEI de abril ficou igual ao valor da média histórica da pesquisa e, pela primeira vez desde julho de 2009, o índice está abaixo de 60 pontos. De acordo com o gerente executivo da Unidade de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, isso indica que os empresários estão mais preocupados com o futuro da economia e dos negócios. A queda do otimismo pode levar ao corte dos  investimentos. “Isso também pode afetar a geração de empregos e reduzir a compra de matérias-primas, o que deve desacelerar ainda mais a produção industrial”, explica Fonseca.


O estudo mostra que somente os empresários da indústria extrativa estão mais confiantes, com 63,1 pontos ante 61,9 pontos de março. O otimismo está menor entre os industriais dos setores de couros e artefatos e madeira e diversas, em que os indicadores estão próximos dos 50 pontos. Segundo Fonseca, o maior otimismo da indústria extrativa se deve à elevada demanda por commodities no mercado externo e pelos diversos investimentos feitos em infraestrutura no país. “Os setores de petróleo e de minério de ferro são os mais beneficiados por esse cenário”, acrescenta o economista.


A queda do ICEI é resultado da avaliação feita pelos empresários sobre as condições atuais da economia brasileira. O indicador dessa avaliação ficou em 48,5 pontos, abaixo dos 50 pontos, o que revela falta de confiança. Em março, o indicador registrou 49,9 pontos. Já em relação às condições atuais da empresa, os industriais continuam confiantes. O índice ficou com 51,6 pontos em abril ante 53,2 pontos em março.


As expectativas para os próximos seis meses sobre a economia também estão menos otimistas. O indicador alcançou 59,9 pontos em abril, 0,6 ponto abaixo do índice de março. A expectativa em relação aos negócios registrou 66,6 pontos em abril ante 66,8 pontos de março.


A pesquisa da CNI mostra que a queda no otimismo do empresariado em março ocorreu em todos os portes de empresa e em todas as regiões do país. As médias empresas tiveram o maior declínio, de 59,3 pontos em março para 58,1 pontos em abril. A região Norte, que registrou alta de fevereiro para março, teve a maior queda em abril na comparação com o mês anterior. O indicador da região foi de 64,2 pontos para 59,9 pontos no período.


O ICEI foi feito entre 31 de março e 14 de abril, com 1.957 empresas. Dessas, 1.072 são pequenas, 601 médias e 284 grandes.
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