A primeira edição da Offshore Technology Conference (OTC), que termina hoje no Rio, comprovou a sua vocação para transferência de tecnologias. As diversas sessões técnicas abordaram do desenvolvimento de campos às alternativas de financiamento em tempos de mudanças na economia global, passando, obviamente, pela preocupação com a segurança, saúde e meio-ambiente.
As universidades estiveram em destaque ao lado de empresas como Schlumberger, Baker Hughes, OGX, Siemens Energy, Promon, Cameron, Total e GE Oil & Gas. Universidade Federal de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF) expuseram sua produção científica sobre a exploração e produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas no Brasil.
Uma sessão técnica sobre reservatórios carbonáticos, realizada no segundo dia do evento destacou os desafios da perfuração de campos de petróleo em ambientes severos, com condições extremas de temperatura e pressão da camada pré-sal. A geometria dos reservatórios, a otimização na completação e estimulação de poços de hidrocarbonetos, além da porosidade das rochas e o fluxo dos fluidos em reservatórios carbonáticos mereceram um fórum específico de debates.
Organizações brasileiras como a Associação Brasileira de Pesquisa & Desenvolvimento de Petróleo e Gás (ABPG) falaram sobre a necessidade de formação de pessoal qualificado para atender às demandas do mercado de petróleo e gás, ressaltando que, tão importante quanto equipamentos e serviços, há um esforço coletivo entre empresas e universidades que passam por investimentos em pesquisa e educação.