OTC Brasil 2025
Painéis com Petrobras, BRAVA Energia e especialistas em eólica destacam o crescimento da produção, o sucesso das operadoras independentes e os caminhos para destravar a nova fronteira de energia limpa.
Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
Patrocínio de Cobertura:
A manhã do segundo dia da OTC Brasil 2025, principal evento do setor offshore da América Latina, nesta quarta-feira (29), no ExpoRio, reforçou a visão do Brasil como uma potência energética com um futuro multibilionário em múltiplas frentes. Promovido pelo Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), o evento apresentou painéis que destacaram desde o crescimento robusto da produção de petróleo e gás até o imenso potencial para o desenvolvimento da energia eólica offshore, trazendo casos concretos de investimentos que já estão gerando resultados.
Enaltecendo a força do core business nacional, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, detalhou o cenário de crescimento e o vasto potencial de produção de petróleo e gás do país. O painel "Exploração e Desenvolvimento no Brasil: Oportunidades, Desafios e Perspectivas das Reservas do pré-sal" ressaltou a importância estratégica das bacias brasileiras, incluindo as novas fronteiras, para garantir a segurança energética e o financiamento da transição, alinhando-se à visão de que a expertise do Brasil em águas profundas é um diferencial competitivo global.
O debate contou também com a participação do diretor-geral e country chair da TotalEnergies E&P no Brasil, Olivier Bahabanian, e da presidente da Chevron na América do Sul, Patrícia Pardal. "Hoje produzimos cerca de 200 mil barris por dia em nove FPSOs, em campos de grande relevância, e acreditamos que o país deve continuar avançando em exploração, com responsabilidade e uso intensivo de tecnologia", afirmou Bahabanian. "Precisamos investir em dados e informações para reduzir a pegada de carbono nos campos offshore. Sou uma grande defensora. Somos responsáveis pela segurança e transição energética do país", pontuou Patrícia.
Em paralelo, o painel dedicado ao potencial da energia eólica offshore no Brasil mapeou os caminhos para destravar o que pode ser a próxima grande revolução energética do país. Especialistas apontaram os avanços no marco regulatório como fundamentais para a atração de investimentos. O consenso foi de que há uma sinergia total com a indústria de O&>, cuja expertise em operações marítimas, logística e cadeia de fornecedores é considerada crucial para acelerar a implantação dos projetos.
"O setor possui capital técnico, humano e tecnológico e a infraestrutura existente pode ser aproveitada. Atualmente, 43% dos projetos de eólica offshore em licenciamento no IBAMA, somando 96 GW de potência, são de empresas do setor de óleo e gás associadas ao IBP", disse Carlos Victal, gerente de Sustentabilidade do IBP.
Apesar disso, Muched Nassif, vice-presidente da consultoria Rystad Energy, trouxe uma perspectiva cautelosa sobre os prazos. "Por conta dos custos e demanda contraída no médio prazo, não esperamos nenhum projeto em operação antes do fim desta década". Há hoje 247 GW de projetos de eólica offshore em avaliação no país, com a Petrobras liderando o movimento. Os estados do Rio Grande do Sul e Ceará concentram 59% da capacidade anunciada, beneficiados pela proximidade com portos que facilitam a logística e a conexão com o sistema elétrico. O painel também contou com a participação de Juan Tomasini, Head de Hidrogênio e Transição Energética da ANCAP, empresa uruguaia, que destacou a aprovação do marco regulatório e a realização do esperado leilão de áreas como estímulos que o mercado brasileiro aguarda para transformar o potencial em realidade.
Nesse sentido, a BRAVA Energia apresentou o caso de sucesso do Projeto Atlanta, na Bacia de Santos. A companhia detalhou como, com a entrada em operação do novo FPSO Atlanta e investimentos em tecnologia, conseguiu otimizar a produção e aumentar o fator de recuperação do campo. A apresentação foi um exemplo claro do papel crescente das operadoras independentes na revitalização de ativos e na manutenção da curva de produção nacional. O painel contou com a presença de líderes da indústria, incluindo o diretor de Operações Offshore da BRAVA Energia, Carlos Travassos, que destacou métricas de execução que superaram as expectativas da indústria. "Fechamos o projeto 6% abaixo do orçamento, o que não é comum de se ver. Ainda, tivemos um cronograma de muito êxito". O primeiro óleo de Atlanta foi alcançado em dezembro de 2024.
A OTC Brasil 2025 acontece até quinta-feira (30), no ExpoRio , reunindo os principais especialistas do setor para debater o futuro das tecnologias offshore, conectando petróleo, gás e energias renováveis.
Sobre a OTC Brasil - A OTC Brasil 2025 é realizada no ExpoRio Cidade Nova de 28 a 30 de outubro e conta com o patrocínio Master da Petrobras; patrocínio Diamond das empresas Shell e TotalEnergies; patrocínio Platinum da Equinor, ExxonMobil, Petronas, PRIO e TechnipFMC; patrocínio Ouro da Brava, Chevron e Repsol Sinopec; patrocínio Prata da bp; e patrocínio Bronze da OceanPact, PERBRAS, Vallourec e Tenaris. A EcoPetrol Brasil é patrocinadora do Club Offshore, o BTG Pactual Advisors é o Banco Oficial do evento e a Secretaria de Energia e Economia do Mar do Governo do Estado do Rio de Janeiro é Parceira Estratégica. A United Airlines é a companhia aérea oficial da OTC Brasil e a Parceira de Conhecimento é a S&P Global Commodity Insights. O B&T XP é o Corretor Oficial de Câmbio; a Ambipar é a Parceira Oficial de Compensação de Emissões; e a Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena) é Associação Convidada. O evento ainda conta com os seguintes parceiros de mídia: eixos, Petro&Química, Brasil Energia, Tn Petróleo, Upstream, Offshore e Oil & Gas Journal. O evento conta ainda com o Apoio Institucional da ABEEMAR, ABEMI, ABESPETRO, ABIMAQ, ABPIP, ABRACO, AHK Mercosul, Arpel, CESAR, EIC, Energy Workforce & Technology Council, Firjan SENAI SESI, IADC, IAPG, Rede Petro ES, SBGf, Syndarma e Abeam, e Visit Rio.
Fale Conosco
23