Produção

Os desafios da indústria naval

     O diretor do Centro de Engenharia Naval do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Carlos Daher Padovezi, acredita que a assinatura dos contratos da Transpetro com os estaleiros para a construção de 26 navios-petroleiros - que estão em fase final de negociação - inaugurará uma ...

Clarimundo Flôres
01/06/2006 00:00
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     O diretor do Centro de Engenharia Naval do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Carlos Daher Padovezi, acredita que a assinatura dos contratos da Transpetro com os estaleiros para a construção de 26 navios-petroleiros - que estão em fase final de negociação - inaugurará uma nova fase para a indústria naval brasileira. Ele alertou que este bom momento exigirá de cada ator envolvido no processo uma nova visão sobre a importância deste setor.
    - A capacitação de cada participante do processo será mais que necessária. Temos que ter em vista a sustentabilidade econômica e competitiva do setor. Essa postura tem de nortear os métodos construtivos dos estaleiros vencedores da licitação da Transpetro quanto daqueles que precisarão buscar outras encomendas - disse Padovezi.
    Ele alertou para o fato da Transpetro não ser a única armadora e que, após o fechamento desses contratos, as empresas deverão estar preparadas para buscar novas demandas, inclusive internacionais.
   - Atualmente, o processo internacional de construção concentra 25% da demanda nos estaleiros, antes isso alcançava um patamar de 70%. Essa postura significa um reforço do parque indústria que gira entorno do estaleiro, que é a ponta final do processo. Precisamos fortelecer as indústrias de equipamentos, peças, criando uma cadeia integrada e lucrativa.
   Padovezi acrescentou que esta estratégia, comum em outras partes do mundo, deve incluir governos, sindicatos, empresários, ou seja, todos os envolvidos no setor.
    - Cabe ao governo financiar e criar uma política pública que gere demanda. O setor precisa ser protegido, contar com impulsos pontuais, assim como existe na Europa. Os empresários deverão investir em tecnologias de ponta, em sistemas inovadores e na qualificação de sua mão-de-obra.
    Ele também destacou o papel das universidades e centros de pesquisas no processo. Segundo Padovezi, caberá a estes centros criar elementos que agreguem elementos técnológicos que possam transforma este setor em algo realmente competitivo e sustentável.          
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