Petróleo

Opep estuda ampliar produção devido a alta dos preços

Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estudavam nesta terça-feira (7) uma possível alta do teto da produção de petróleo em sua reunião de hoje em Viena, em meio a uma situação complexa na Líbia e às crescentes queixas dos consumidores por causa dos preço

Redação/ Agências
08/06/2011 09:42
Opep estuda ampliar produção devido a alta dos preços Visualizações: 473
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estudavam nesta terça-feira (7) uma possível alta do teto da produção de petróleo em sua reunião de hoje em Viena, em meio a uma situação complexa na Líbia e às crescentes queixas dos consumidores por causa dos preços.


A fragilidade da economia, particularmente nos Estados Unidos, principal consumidor de petróleo do mundo, onde o desemprego está subindo, e a crise da Líbia, que privou o mercado de cerca de 1,2 milhão de barris de petróleo diários desde o início da crise, somado a altos preços, contribuíram para a possibilidade de um aumento das cotas, apesar de haver reticências.


"Se o mercado precisar de mais petróleo, os membros da Opep produzirão mais", disse o ministro de Petróleo de Angola, José Maria Botelho de Vasconcelos, em sua chegada a um hotel em Viena para participar da reunião.


Pouco antes, um comitê ministerial, que reuniu os representantes de Argélia, Kuwait e Nigéria, e o secretário-geral da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdullah Salem El Badri, concordou em recomendar à reunião ministerial o aumento de 1 para 1,5 milhão de barris diários o teto da produção, segundo fontes próximas ao encontro.


"Adotaremos um papel responsável", disse o chefe da delegação de Nigéria, Goni Musa Sheik, ao final desse encontro, depois de assegurar que na decisão que tomarem, levarão em conta a situação econômica, particularmente nos países desenvolvidos, e os últimos desastres naturais, entre outros fatores.


Durante a manhã, em sua chegada a Viena, o ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, Mohamad bin Dhaen al Hamli, tinha recomendado a seus colegas "olhar além do segundo trimestre", quando o mercado estará um pouco mais apertado".


A Arábia Saudita, maior produtor mundial de petróleo, deixou claro que "responderá a todas as demandas de petróleo adicional e que não se limitará às cotas", lembra David Hufton, analista do PVM.


No entanto, segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a produção dos países da Opep em abril foi de 26,15 milhões de barris diários, cerca de 1,5 milhão de barris acima da cota oficial de 24,84 milhões de barris diários, em vigor desde janeiro de 2009.


A AIE pressionou para que a Opep aumente sua produção com o objetivo de que caiam os preços, pressionados pelas tensões geopolíticas na África do Norte e Oriente Médio, que prejudicam a recuperação da economia e fazem a inflação disparar.


Mas nem todos os membros são favoráveis a uma alta. O representante iraniano Mohamad Ali Katibi, cujo país assume a presidência do cartel que responde por 40% da produção mundial, lembrou na segunda-feira que "não é necessário aumentar a produção", porque o "mercado está equilibrado".


Nas últimas semanas, o preço do petróleo do barril de Brent do Mar do Norte na Europa ficou em torno dos 115 dólares, e o West Texas Intermediate (denominação do "light sweet crude" negociado nos EUA), em torno dos 100.


Essa reunião de Viena terá que administrar também alguns problemas diplomáticos, como a presença anunciada do representante do regime líbio de Muamar Kadhafi, Omran Abukrá, depois da deserção no fim de maio de Chukri Ghanemy, ex-responsável da Companhia Nacional de Petróleo (NOC).


Dois membros do cartel, Emirados Árabes Unidos e Qatar, deram seu apoio aos rebeldes líbios. O Qatar, que inclusive comprometeu-se a comercializar sua produção de petróleo, participa da coalizão internacional que apoia a rebelião.


A Venezuela, maior produtor latino-americano, também trairá à reunião as sanções impostas pelos Estados Unidos à estatal petroleira PDVSA por suas ligações com o Irã, e seu colega de cartel, o Equador, deu seu apoio.
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