Petróleo

Opep e AIE reduzem previsão de demanda

Gazeta Mercantil
16/03/2009 04:26
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A Agência Internacional de Energia (AIE) e a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziram suas previsões para a demanda por petróleo em 2009 pelo sétimo mês consecutivo e cortaram as estimativas de oferta, uma vez que a crise econômica mundial mina o consumo e os investimentos em novos campos.

 


As duas organizações preveem que a demanda vai cair em mais de 1 milhão de barris ao dia este ano. A AIE, sediada em Paris e consultora de 28 países, reduziu a sua projeção de consumo para 84,4 milhões de barris ao dia, um declínio de 1,25 milhão de barris em relação ao de 2008. A estimativa da Opep foi de uma queda para 84,6 milhões de barris por dia, um corte de 1,01 milhão de barris.

 

“O colapso da demanda tem sido assombroso, baseado no turbilhão da crise na economia mundial”, disse a AIE em seu relatório mensal sobre o petróleo, divulgado sexta-feira. Os países da Opep, que também publicaram sexta-feira a sua análise mensal do mercado, disseram que a “terrível” situação econômica está provocando a queda. As duas organizações normalmente divulgam seus relatórios em dias diferentes.

 

Atualmente, o barril do petróleo está sendo comercializado a quase US$ 100 a menos que sua alta recorde, de US$ 147,27 o barril, registrada em julho do ano passado.

 

Os membros da Opep ainda estão realizando os cortes acertados no ano passado, que totalizam 4,2 milhões de barris ao dia. Os esforços para aumentar os preços por meio de um novo corte da produção representam um risco para a recuperação econômica, disse o diretor administrativo da AIE, Nobuo Tanaka, no mês passado.

 

A Opep rejeitou o argumento da AIE de que o petróleo barato vai revitalizar a economia mundial. Pelo contrário, os preços mais baixos levarão a uma crise de oferta em 2013, disse na semana passada o secretário-geral da organização dos países exportadores, Abdalla el- Badri.

 

Declínio na China

 

A revisão da estimativa da AIE foi motivada pelos declínios na América do Norte, Ásia e ex-União Soviética. A Opep disse que o consumo também está desacelerando nos países em desenvolvimento, que anteriormente haviam compensado os declínios em outras partes.

 

A China, o Oriente Médio e outros países em desenvolvimento da Ásia “foram os pilares da demanda por petróleo no ano passado”, disse a organização. “Porém, devido ao contágio da crise econômica, essas regiões não são mais os iniciadores de alto crescimento.”

 

As duas organizações disseram que o declínio da demanda será parcialmente contrabalançado pela desaceleração do crescimento da oferta por parte de países não membros da Opep, assim como pelos cortes adotados pelos membros.

 

A AIE reduziu sua previsão de oferta da parte de não membros da Opep este ano para 50,6 milhões de barris ao dia. A falta de crédito disponível para financiar os investimentos em novos projetos e os problemas de produção no Azerbaijão significarão que a oferta dos países que não são da Opep permanecerá inalterada este ano, disse a organização.

 

A Opep reduziu a sua previsão de oferta de petróleo de países não filiados a ela para 50,7 milhões de barris ao dia. Esse volume ainda representa uma alta de 370.000 barris ao dia este ano, em relação a 2008.

 

As duas organizações concordaram quanto ao grau pelo qual a Opep respeitou os cortes anteriores. Os 11 países da Opep submetidos a cotas produziram 25,7 milhões de barris ao dia no mês passado, disse a AIE, contra o limite oficial de 24,845 milhões ao dia, estabelecido em 1º de janeiro. Isso significa que a organização está cumprindo 80% de suas metas de produção.

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