Petróleo

Opep diz que poderá produzir mais com petróleo acima de US$ 75

Jornal do Commercio
27/10/2009 09:58
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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) deverá aumentar suas metas de produção em dezembro, num momento em que o petróleo subiu para mais de US$ 75 o barril, disse o presidente do grupo, José Maria Botelho de Vasconcelos. A informação coincide com a advertência da Agência Internacional de Energia (AIE) de que a alta dos preços ameaça a economia mundial em recuperação.


"Sempre defendemos uma posição de equilíbrio", disse Vasconcelos, que também é o ministro do Petróleo de Angola, em entrevista concedida domingo. "Há alguns países em condições de injetar mais petróleo no mercado, e, se se tornar necessário injetar mais petróleo no mercado, isso será feito." A Opep vai se reunir a 22 de dezembro em Luanda, Angola, para reavaliar as cotas de produção, que manteve inalteradas em três encontros realizados este ano.



AIE. A alta dos preços do petróleo representa um "risco significativo" ao crescimento da economia mundial, segundo Fatih Birol, economista-chefe da Agência Internacional de Energia (AIE). Os contratos futuros de petróleo deram um salto de 76% este ano e atingiram o maior patamar dos últimos 12 meses, de US$ 82 o barril, a 21 de outubro. Ontem, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), o preço do barril tipo WTI recuou 2,3% nos contratos de dezembro e fechou a US$ 78,68. Esta foi a maior queda diária da cotação em mais de um mês, em linha com a valorização do dólar nos mercados internacionais.
 
 
O avanço da moeda norte-americana reduz a atratividade de metais. "Este é um jogo capitaneado pelo dólar", disse Stephen Schork, presidente da empresa de consultoria Schork Group Inc, da Pennsylvania. "Se houver um rali sustentável no dólar, o petróleo irá cair abaixo de US$ 60 o barril", completou.


Em Londres, na ICE Futures Europe, o preço do barril tipo Brent nos contratos para dezembro cedeu 2,1% e encerrou a sessão a US$ 77,26. "Com a sólida recuperação da economia, teremos preços altos, principalmente na atual conjuntura, para risco dos esforços de recuperação", disse Birol em entrevista em simpósio da Coaltrans realizado ontem em Londres. O petróleo a US$ 100 o barril tornaria inevitável a alta da oferta, "porque ela é necessária para manter o equilíbrio", disse Vasconcelos. O aumento da produção dependerá de os preços se manterem ou não a US$ 75 a US$ 80 o barril, de os estoques voltarem à média de cinco anos e de as reservas flutuantes desaparecerem, disse Abdalla El-Badri, secretário-geral da Opep, a 22 de outubro.


Os 11 membros da Opep comprometidos com cotas de produção concordaram em dezembro do ano passado em adotar um limite coletivo de 24,845 milhões de barris/dia a partir do início deste ano. O corte recorde de produção de 4,2 milhões de barris/dia ocorreu depois que os preços do petróleo caíram 70% em relação ao seu pico de julho de 2008.


Os preços mundiais do petróleo estão subindo devido à "especulação" e "aos sinais de recuperação" da economia mundial, disse Mohamed al-Hamli, ministro do Petróleo dos Emirados Árabes Unidos em simpósio realizado domingo em Moscou. "Acho que (o preço) é puxado principalmente por especuladores, mas existe também sustentação para a atual disparada dos preços do petróleo", disse Al-Hamli. "Temos de esperar para ver qual será a recuperação da economia mundial" antes de reforçar a produção, uma vez que o mercado está "bem abastecido".
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