Posicionamento

ONIP - Compromisso com uma Agenda Energética responsável, segura e baseada em evidências

Redação TN Petróleo/Assessoria ONIP
24/11/2025 13:20
ONIP - Compromisso com uma Agenda Energética responsável, segura e baseada em evidências Imagem: Divulgação Visualizações: 68

A Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP) reafirma seu compromisso com uma agenda energética que integre responsabilidade ambiental, garantia de oferta de energia, segurança alimentar, estabilidade geopolítica e avanço socioeconômico. Em um cenário em que os debates públicos se intensificam durante grandes conferências internacionais sobre clima, torna-se essencial que as contribuições técnicas sejam fundamentadas, considerando as especificidades e a composição singular da matriz energética brasileira.

O Brasil possui a matriz energética mais limpa e diversificada entre os grandes produtores do mundo, com cerca de 50% de renováveis diante da média mundial inferior a 20%.  Possui também um dos menores índices globais de emissões de CO₂ por barril produzido no segmento de Exploração e Produção (E&P). Esses dados mostram que o país já opera em padrões que conciliam eficiência, competitividade e responsabilidade climática, essenciais para qualquer discussão sobre o futuro da energia, já tendo, inclusive, alcançado a meta de muitos países para 2050.

Em um cenário global marcado por conflitos geopolíticos, instabilidade de oferta, fome e pressão sobre cadeias de suprimento estratégicas, o petróleo e o gás natural continuarão a desempenhar um papel central na garantia da segurança energética do Brasil e do mundo. Cabe ressaltar que, até meados desta década, projeta-se um aumento populacional de aproximadamente 25% – cerca de dois bilhões de pessoas a mais – acompanhado por um crescimento do consumo per capita, impulsionado por tecnologias cada vez mais intensivas em energia.

Nesse sentido, diante do atual estágio de desenvolvimento tecnológico, a eliminação abrupta dos combustíveis fósseis, sem alternativas maduras e escaláveis, comprometeria a segurança energética e ampliaria desigualdades, além de limitar o desenvolvimento de países emergentes. Devemos considerar também que o petróleo e o carvão ainda são a base econômica de muitas localidades pelo mundo, com receitas públicas, geração de empregos e sustento de milhões de pessoas dependendo daquelas atividades. A pergunta que se impõe é: como realocar essa força de trabalho de maneira imediata, sem planejamento ou alternativas consolidadas?

Não resta dúvida de que é preciso avançar na descarbonização progressiva da exploração e produção das fontes fósseis; no incentivo ao uso estratégico do gás natural como combustível de transição; nos processos de captura de CO2 e na incorporação de fontes energéticas renováveis, de modo a tornar mais resiliente a matriz energética em escala mundial. Trata-se de somar alternativas e não de substituí-las de forma precipitada. Trata-se, sobretudo, de garantir o atendimento à crescente demanda de energia prevista.

Nesse contexto, a ONIP destaca a relevância do desenvolvimento responsável das novas fronteiras exploratórias de petróleo e, principalmente de gás natural, no Brasil e em outras regiões produtoras do mundo. A exploração dessas áreas, conduzida com rigor tecnológico e ambiental, como tem ocorrido até agora, tem potencial para estimular economias locais e nacionais, gerar empregos qualificados, ampliar receitas públicas, impulsionar investimentos em infraestrutura e fortalecer a integração produtiva da cadeia de fornecedores, especialmente naquelas regiões que mais necessitam de oportunidades e crescimento econômico, como, por exemplo, os estados que serão beneficiados com a exploração de nossa Margem Equatorial.

O Brasil deve buscar soluções que unam sustentabilidade, segurança e desenvolvimento. Isso exige reconhecer o papel estruturante da indústria do petróleo e gás na economia nacional, ao mesmo tempo em que se ampliam os esforços para inovar, reduzir emissões e promover a transformação da matriz energética com base em evidências, tecnologia e realismo.

Assina: Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, Presidente do Conselho da ONIP

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Entrevista
Rijarda Aristóteles defende protagonismo feminino na era...
13/11/25
COP30
IBP defende setor de O&> como parte da solução para desc...
13/11/25
COP30
Transpetro recebe o Selo Diamante do Ministério de Porto...
13/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
13/11/25
Pessoas
Francisco Valdir Silveira assume presidência do SGB
13/11/25
Curso
Radix e UniIBP lançam primeira edição do curso "Análise ...
13/11/25
Margem Equatorial
Rio-Macapá: novas fronteiras levam à região Norte
12/11/25
COP30
Petrobras e BNDES lançam primeiro edital do ProFloresta+...
12/11/25
Evento
ANP participa de conferência de Geofísica Sustentável, d...
12/11/25
Pré-Sal
PPSA aguarda decisão sobre aumento de participação da Un...
12/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
12/11/25
COP30
Portaria sobre embarcações sustentáveis entra em consult...
12/11/25
COP30
Eficiência energética é essencial para desacoplar cresci...
12/11/25
COP30
Embrapii abre chamada pública para capacitação de grupos...
12/11/25
PD&I
União de expertises
12/11/25
Gás Natural
GNLink e Bahiagás firmam contrato para levar gás natural...
11/11/25
Pré-Sal
P-79 deixa estaleiro na Coreia do Sul rumo ao campo de B...
11/11/25
Amazonas
Petrobras e Amazônica Energy firmam primeiro contrato pa...
11/11/25
Refino
Complexo de Energias Boaventura terá unidades de refino ...
11/11/25
COP30
Soluções baseadas na Natureza: mitigar mudanças climátic...
10/11/25
Combustíveis
Etanol registra alta na primeira semana de novembro, apo...
10/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.