Petróleo
Jornal do Commercio
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta ontem devido à escalada dos preços do óleo de aquecimento. Preocupações com fornecimento no Irã também pressionaram a commodity, que voltou a renovar seu preço máximo histórico: US$ 126,98 por barril, valor pelo qual o petróleo chegou a ser negociado no pregão eletrônico da Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês). No fechamento, o contrato futuro de petróleo com vencimento em junho subiu US$ 1,57, ou 1,26%, a US$ 125,80 por barril na Nymex. Em Londres, o contrato futuro de petróleo Brent para junho avançou US$ 1,17, para US$ 124,08 por barril.
A forte demanda por destilados (categoria que inclui tanto óleo de aquecimento quanto diesel) na Ásia e na Europa vem fazendo com que o óleo de aquecimento bata sucessivos recordes. Ontem,não foi diferente e o galão fechou em nível histórico, cotado a US$ 3,6989, em alta de 3,9%. A gasolina do tipo RBOB avançou 1,1%, para US$ 3,2000 por galão.
Relatório divulgado ontem mostrou que os estoques europeus de destilados estão em queda, o que tira força da possível elevação nos estoques semanais americanos, como prevêem analistas - amanhã, o Departamento de Energia (DOE) divulga os barris estocados na semana encerrada em 9 de maio.
"Certamente o que está conduzindo o mercado como um todo é o declínio nos estoques de óleo de aquecimento", afirmou o analista Kyle Cooper, do IAF Advisors. No caso do petróleo, os preços também avançaram ontem devido aos relatos de que o Irã, segundo maior produtor no Golfo Pérsico, reduzirá a produção no mês que vem. A notícia foi divulgada por uma agência de notícias iraniana e negada pelo ministro de Petróleo do país. Contudo, ele reconheceu que o debate sobre redução foi realizado.
O ministro iraniano do Petróleo, Gholam Hossein Nozari, negou informes da mídia de que o Irã vá reduzir sua produção de petróleo no próximo mês, informou a agência de notícias Fars em seu site na internet. "O debate (sobre a redução na produção) de fato ocorreu, mas apenas como ponto de discussão e nenhuma decisão foi tomada para a mesma seja adotada", disse Nozari, segundo a agência.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, também comentou sobre uma possível redução na produção do petróleo em entrevista diária à imprensa, segundo a Fars. Perguntado se o Irã vai reduzir a produção para limitar a venda de seu petróleo, ele respondeu que "a proposta foi feita e está sendo revisada por especialistas".
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