Empresas

OGX terá de escolher recurso mais barato

Venda de ativos são alternativa para captar recursos.

Valor Econômico
26/04/2013 14:43
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Com o avanço das negociações da OGX para a venda de 40% no campo de Tubarão Martelo para a estatal Petronas, que pode ser concluída no próximo mês por cerca de US$ 1 bilhão, a dúvida que surge é se essa é a melhor alternativa para a empresa captar recursos.
Pessoas a par do assunto consideram que, do ponto de vista financeiro, o melhor caminho para a OGX levantar dinheiro neste momento seria com o exercício da opção de venda (put) de mais ações para o controlador Eike Batista, e não vendendo uma participação em um dos campos mais promissores da empresa.
Em outubro, Batista assumiu o compromisso de injetar US$ 1 bilhão na OGX por meio de aumento de capital se até abril de 2014 ocorressem duas condições: a necessidade de capital social adicional e a ausência de alternativas mais favoráveis para obter esses recursos.
Os responsáveis por avaliar essas condicionantes são os membros independentes do conselho de administração da petroleira, que se reúne trimestralmente. Quando anunciou a "put", Batista se comprometeu a comprar ações por R$ 6,30 cada (o que aumentaria a base acionária em 9,8%), ante a cotação atual de R$ 1,69 por papel.
A perda imediata de Batista se exercer a "put" agora seria de quase R$ 1,5 bilhão. Isso porque pagaria R$ 2 bilhões por ações que atualmente são negociadas por pouco mais de R$ 500 milhões. A perda do empresário se traduz em diluição reduzida para os demais acionistas.
Os membros independentes do conselho da OGX, que vão avaliar as alternativas da companhia são Cláudio Lobo Sonder, Ellen Gracie (ex-ministra do Supremo Tribunal Federal), Luiz do Amaral Pereira, o ex-ministro Pedro Malan (também presidente do conselho consultivo internacional do Itaú Unibanco), Rodolpho Tourinho (ex-ministro de Minas e Energia) e Samir Zraick.
Procurada na quinta-feira (25), a OGX disse em nota que "tem algumas opções para capitalização, caso julgue necessário, inclusive a possibilidade de farmouts, parceiras e a put". "Conforme divulgamos anteriormente, a put será exercida caso a empresa não tenha opções mais favoráveis".
As negociações para venda de ativos da OGX sinalizam, segundo observadores, que a empresa precisa de capital adicional, o que é uma das condições para o exercício da opção de venda (put). Nesse caso, resta então avaliar qual a alternativa mais favorável.
O exercício da put, que implica a venda de mais 9% do capital para Eike, garante US$ 1 bilhão para a empresa numa transação que avalia a OGX em R$ 20,4 bilhões, ante os atuais R$ 5,5 bilhões que ela vale agora no mercado.
No negócio de 40% do campo de Tubarão Martelo por US$ 1 bilhão negociado com a Petronas, está implícita uma avaliação desse campo em R$ 5 bilhões. Para que houvesse em tese um equilíbrio entre as opções, teria que se considerar que Tubarão Martelo corresponde, sozinho, a um quarto dos ativos da OGX.
Já com a Lukoil, cujas conversas estão em estágio mais inicial, o 'Valor' apurou que a Eike negociava uma participação de um terço da OGX por R$ 1,80 por ação. Essa participação poderia ser alcançada por meio de um aumento de capital. Se confirmado mais à frente, esse negócio implicaria em um aumento de capital de quase R$ 3 bilhões. O valor de mercado da OGX pré-transação nesse caso seria de R$ 5,8 bilhões.
O que alguns investidores e credores temem é que a empresa de Eike levante recursos por meio das transações com a Petronas e com a Lukoil, em tese mais caros do que o exercício da opção de venda, e use os recursos para participar do próximo leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nos dias 14 e 15 de maio, e não para os projetos existentes.
Como de costume, os títulos de dívida emitidos pela OGX no exterior, no valor aproximado de R$ 7,4 bilhões, um com vencimento em 2018 e outro em 2022, preveem certas restrições para que a empresa venda seus ativos. A depender das condições da transação, os credores precisam concordar com a transação.

Com o avanço das negociações da OGX para a venda de 40% no campo de Tubarão Martelo para a estatal Petronas, que pode ser concluída no próximo mês por cerca de US$ 1 bilhão, a dúvida que surge é se essa é a melhor alternativa para a empresa captar recursos.


Pessoas a par do assunto consideram que, do ponto de vista financeiro, o melhor caminho para a OGX levantar dinheiro neste momento seria com o exercício da opção de venda (put) de mais ações para o controlador Eike Batista, e não vendendo uma participação em um dos campos mais promissores da empresa.


Em outubro, Batista assumiu o compromisso de injetar US$ 1 bilhão na OGX por meio de aumento de capital se até abril de 2014 ocorressem duas condições: a necessidade de capital social adicional e a ausência de alternativas mais favoráveis para obter esses recursos.


Os responsáveis por avaliar essas condicionantes são os membros independentes do conselho de administração da petroleira, que se reúne trimestralmente. Quando anunciou a "put", Batista se comprometeu a comprar ações por R$ 6,30 cada (o que aumentaria a base acionária em 9,8%), ante a cotação atual de R$ 1,69 por papel.


A perda imediata de Batista se exercer a "put" agora seria de quase R$ 1,5 bilhão. Isso porque pagaria R$ 2 bilhões por ações que atualmente são negociadas por pouco mais de R$ 500 milhões. A perda do empresário se traduz em diluição reduzida para os demais acionistas.


Os membros independentes do conselho da OGX, que vão avaliar as alternativas da companhia são Cláudio Lobo Sonder, Ellen Gracie (ex-ministra do Supremo Tribunal Federal), Luiz do Amaral Pereira, o ex-ministro Pedro Malan (também presidente do conselho consultivo internacional do Itaú Unibanco), Rodolpho Tourinho (ex-ministro de Minas e Energia) e Samir Zraick.


Procurada na quinta-feira (25), a OGX disse em nota que "tem algumas opções para capitalização, caso julgue necessário, inclusive a possibilidade de farmouts, parceiras e a put". "Conforme divulgamos anteriormente, a put será exercida caso a empresa não tenha opções mais favoráveis".


As negociações para venda de ativos da OGX sinalizam, segundo observadores, que a empresa precisa de capital adicional, o que é uma das condições para o exercício da opção de venda (put). Nesse caso, resta então avaliar qual a alternativa mais favorável.


O exercício da put, que implica a venda de mais 9% do capital para Eike, garante US$ 1 bilhão para a empresa numa transação que avalia a OGX em R$ 20,4 bilhões, ante os atuais R$ 5,5 bilhões que ela vale agora no mercado.


No negócio de 40% do campo de Tubarão Martelo por US$ 1 bilhão negociado com a Petronas, está implícita uma avaliação desse campo em R$ 5 bilhões. Para que houvesse em tese um equilíbrio entre as opções, teria que se considerar que Tubarão Martelo corresponde, sozinho, a um quarto dos ativos da OGX.


Já com a Lukoil, cujas conversas estão em estágio mais inicial, o 'Valor' apurou que a Eike negociava uma participação de um terço da OGX por R$ 1,80 por ação. Essa participação poderia ser alcançada por meio de um aumento de capital. Se confirmado mais à frente, esse negócio implicaria em um aumento de capital de quase R$ 3 bilhões. O valor de mercado da OGX pré-transação nesse caso seria de R$ 5,8 bilhões.


O que alguns investidores e credores temem é que a empresa de Eike levante recursos por meio das transações com a Petronas e com a Lukoil, em tese mais caros do que o exercício da opção de venda, e use os recursos para participar do próximo leilão da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nos dias 14 e 15 de maio, e não para os projetos existentes.


Como de costume, os títulos de dívida emitidos pela OGX no exterior, no valor aproximado de R$ 7,4 bilhões, um com vencimento em 2018 e outro em 2022, preveem certas restrições para que a empresa venda seus ativos. A depender das condições da transação, os credores precisam concordar com a transação.

 

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