Modernização da usina amplia a capacidade de geração de energia, ao mesmo tempo que melhora sua performance ambiental
Redação TN Petróleo/AssessoriaAs construtoras OEC e Tenenge finalizaram todos os testes requeridos para início da operação comercial do ciclo combinado da Usina Termoelétrica de Santa Cruz, pertencente a Eletrobras Furnas, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, no último dia 22 de janeiro. Com a finalização desta fase de testes, Furnas já pode solicitar ao Operador Nacional do Sistema (ONS) e à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a autorização para iniciar a operação e comercialização dos novos 150 MW de energia gerados pela Unidade Geradora instalada à vapor.
Com as obras de modernização, a nova central térmica de geração passa a contar com dois turbogeradores a gás (Siemens Westinghouse W501F) já existentes, duas novas caldeiras de recuperação com três níveis de pressão e um novo turbogerador a vapor. Com essa nova configuração, a UTE Santa Cruz ampliará em cerca de um terço a sua capacidade de geração, atingindo um total de 500 MW, ante 350 MW na antiga concepção.
A UTE Santa Cruz sempre operou em ciclo aberto, ou seja, sem aproveitar o calor da exaustão das duas turbinas a gás natural, cada uma com potência nominal de 175 MW. No antigo modelo de operação, o calor gerado era descartado para a atmosfera através das chamadas chaminés de by-pass. Ciclos térmicos com tal configuração apresentam rendimento térmico da ordem de 25% a 35%. Com a modernização realizada agora, o chamado fechamento do ciclo combinado, este calor é reaproveitado, direcionando os gases de exaustão dos dois turbogeradores a gás, que operam em alta temperatura, para duas caldeiras de recuperação de calor, onde ocorre a transferência da energia térmica para o circuito de água, produzindo vapor. Este vapor, superaquecido nas caldeiras, é conduzido a um turbogerador a vapor, produzindo energia elétrica adicional.
O investimento no projeto realizado pela Eletrobras Furnas tem grande relevância do ponto de vista econômico, uma vez que mais energia elétrica é gerada com a queima da mesma quantidade de gás natural, representando maior rendimento térmico, além de ter também importância ambiental, tanto pelo maior aproveitamento da energia térmica do gás natural, quanto pelo descarte dos gases para a atmosfera, a uma temperatura mais baixa.
"Este é um desafio técnico de alta complexidade, sem consumo extra de combustível e sem acréscimo na emissão de gás carbônico. Além disso, como participantes proativos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) desde 2015, estamos comprometidos em promover uma matriz cada vez mais limpa, renovável e acessível. Desta forma, protegemos o meio ambiente e garantimos a qualidade de vida", comenta Sidnei Bispo, diretor de Engenharia da Eletrobras Furnas.
De acordo com Maria Alencar, Diretora de Contrato da OEC/Tenenge, responsável pelas obras de implantação do ciclo combinado da usina, a conclusão deste projeto é motivo de muito orgulho para todos os integrantes da empresa. "Entregamos uma obra de grande relevância, que amplia a segurança energética do país, e que nos trouxe um grande legado de aprendizado em função das tecnologias aplicadas. Somos gratos a Eletrobras Furnas pela confiança em nós depositada", afirma.
A OEC tem um vasto portfólio de entregas neste segmento. Recentemente entregou a Termelétrica de Punta Catalina, na República Dominicana, com capacidade instalada de 750 MW. Ao todo, já executou 18 obras nesta modalidade, no Brasil e em diversos países da América Latina, África e Oriente Médio.
Sobre a OEC
Ao longo de sua história de 78 anos, a OEC - Engenharia e Construção foi responsável pela execução de mais de 2.900 obras de grande porte em mais de 30 países ao redor do mundo, a exemplo de usinas hidrelétricas, térmicas e nucleares, pontes, viadutos, túneis, linhas de metrô e trens urbanos, aeroportos, portos, ferrovias, refinarias, obras industriais e de mineração. Em 2021, a OEC recebeu pelo décimo ano consecutivo o Global Best Projects, prêmio concedido pela revista norte-americana ENR – Engineering News-Record, distinção considerada pelo mercado como o Oscar da engenharia mundial. Por sua atuação orientada à Sustentabilidade, desde 2014 a OEC vem recebendo o Selo Ouro do programa GHG Protocol, que reúne os inventários de emissões de gases de efeito estufa. Atualmente emprega mais de 18 mil trabalhadores de diferentes nacionalidades em mais de vinte obras espalhadas por países das Américas e da África.
Sobre a Eletrobras Furnas
Eletrobras Furnas é uma subsidiária da Eletrobras, que atua na geração, transmissão e comercialização de energia elétrica, presente em 15 estados e no Distrito Federal. Criada em 1957 para garantir energia ao processo de industrialização e urbanização do Brasil, Eletrobras Furnas opera e mantém um sistema pelo qual passa 40% da energia que move o País. Integram seu sistema 22 usinas hidrelétricas, 2 termelétricas e 1 complexo eólico, próprios ou em parceria com a iniciativa privada, 34.995,13 km de linhas de transmissão e 72 subestações. Ao longo das últimas seis décadas, a atuação de Eletrobras Furnas a tornou referência para outras empresas de energia em iniciativas que visam adequar sua estrutura ao novo cenário regulatório do setor elétrico brasileiro. A companhia prioriza eficiência operacional, atuação por processos, inovação e sustentabilidade dos investimentos, além de medidas destinadas a aumentar a transparência de sua gestão.
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