OceanSat PEG quer agilizar licenciamento ambiental com novas tecnologias
Empresa do grupo Syntesis vai constituir o maior banco de dados ambientais do Brasil, a partir de dados coletados por nova embarcação de US$ 3,7 milhões. Planos incluem expansão mundial, que começou no México com o estudo exploratório da Pemex.
04/06/2004 03:00
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A OceanSat PEG, uma das empresas do grupo Syntesis, quer contribuir para a agilização do processo de licenciamento ambiental do país. Para isso, trabalha na constituição do primeiro banco de dados brasileiro sobre o meio ambiente, que consumirá R$ 1 milhão e deverá estar disponível a partir de outubro próximo. Disposta a tornar as informações disponíveis para terceiros, a empresa já investiu US$ 3,7 milhões no primeiro navio de coleta de dados oceanográficos e ambientais do país, o OceanSat 1. O diretor de Marketing da empresa, Carlos Leandro, avalia que o objetivo da OceanSat é reduzir de três meses a um mês e meio o tempo médio de produção de um relatório de impacto ambiental (EIA-Rima). Com isso, acredita ser possível agilizar todo o processo de licenciamento dos órgãos oficiais, que chancelam os projetos a partir da análise dos relatórios produzidos sob encomenda dos investidores privados. A embarcação, revela, está em construção no estaleiro Cassinu, em São Gonçalo, e produzirá informações que também serão utilizadas nas análises de risco e planos de emergência da OceanSat PEG. Fundada em meados da década de 90, a OceanSat é especializada em survey e coleta de dados ambientais. Fundiu-se no ano passado com a Petroleum Enviromental Geoservices (PEG), do grupo Syntesis do empresário Paulo Tupinambá. A partir daí, afirma Leandro, a empresa teve ampliado o rol de oportunidades de negócios e hoje já começa a ganhar o mundo. Como exemplo, ele lembra que foi a OceanSat PEG que elaborou todo o estudo exploratório da petroleira estatal do México, a Pemex. A partir desse projeto, a companhia ampliou ainda mais as fronteiras nos últimos dois anos, quando assumiu projetos na porção americana do Golfo do México, na Costa Oeste da África e na Venezuela. "Nessas regiões, assim como no Brasil, vamos aplicar um conceito formulado por nós, o da Inteligência Ambiental, que consiste na adoção de ferramentas tecnológicas no processo de gestão ambiental de empresas potencialmente poluidoras", afirma Leandro. A OceanSat PEG planeja faturar R$ 27 milhões neste ano, quando também investirá um total de R$ 5,8 milhões.
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