É imprescindível que haja uma agenda pública comprometida em reduzir as vulnerabilidades internas, destaca a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro.
Redação TN Petróleo/Assessoria FirjanA Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considera que o aumento da taxa básica de juros, de 13,25% para 14,25% ao ano, torna o cenário ainda mais desafiador para setores estratégicos da economia, como a indústria, cuja produção segue 16% abaixo de sua máxima histórica. Além disso, dados recentes do mercado de trabalho mostram menor ritmo de crescimento das contratações. "A continuidade do ciclo de alta da taxa de juros, que já é uma das mais altas do mundo em termos reais, penaliza um país que ainda carece de condições básicas para alcançar seu potencial econômico", afirma o economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart (foto).
Para a federação, o aumento dos juros não deve ser o único caminho para conter o avanço inflacionário. Segundo a Firjan, é imprescindível que haja uma agenda pública comprometida em reduzir as vulnerabilidades internas. Nesse sentido, a implementação de uma reforma das contas públicas, que seja crível e focada na otimização dos gastos, é essencial para evitar pressões cambiais e garantir a atuação mais eficiente do Estado na economia.
Conforme a federação, a busca pelo equilíbrio fiscal, aliada a investimentos em áreas chave como inovação, tecnologia, infraestrutura e capital humano, será crucial para recuperar a confiança do setor industrial, que segue pessimista pelo terceiro mês consecutivo. "É preciso união entre os poderes para que se atinja um objetivo maior no médio prazo. Se continuarmos com agendas que seguem o ciclo eleitoral, o resultado já é conhecido: mais inflação, mais juros e mais desemprego", acrescenta Goulart.
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