O problema crônico de falta de eletricidade na ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe, poderá ser resolvido em breve com a instalação de uma nova mini hidrelétrica pelo grupo Soares da Costa, disse à Agência Lusa o governador da província.
Agência BrasilO problema crônico de falta de eletricidade na ilha do Príncipe, São Tomé e Príncipe, poderá ser resolvido em breve com a instalação de uma nova mini hidrelétrica pelo grupo Soares da Costa, disse à Agência Lusa o governador da província.
Em declarações em Lisboa, José Cassandra afirmou que o projeto de São Joaquim, a segunda que será instalada pelo grupo português na ilha, está sendo analisada pelo governo central e deverá ser aprovado nos próximos meses.
"Esta barragem de São Joaquim permite-nos chegar a (uma capacidade de geração de eletricidade de) 700 KW. Se avançarmos com o projeto, o problema da energia do Príncipe fica resolvido", disse Cassandra.
O projeto apresentado pela Soares da Costa ao governo são-tomense prevê a instalação de 12 novas pequenas hidrelétricas no arquipélago.
As novas plantas se juntarão Às duas já em funcionamento e tornam a Soares da Costa fornecedora da empresa pública de eletricidade (EMAE) são-tomense.
A estatal tem enfrentado crescentes dificuldades no fornecimento de energia, pois depende de uma central térmica e o preço das importações petrolíferas tem sido instável.
O primeiro resultado do projeto da Soares da Costa foi, em novembro do ano passado, a reforma da barragem sobre o rio Papagaio, no Príncipe, com uma capacidade de 80 KW, que deverá ser ampliada em 100 KW.
"O programa com a Soares da Costa vai permitir ter energia mais limpa e mais barata. Está a avançar e foi colocada a título experimental uma primeira mini-hídrica que já funcionou, já deu provas", afirmou Cassandra.
Agora, o objetivo é avançar com uma nova hidrelétrica "o mais rapidamente possível".
"Estou convencido que (o arranque do projeto de São Joaquim) deverá ficar resolvido este ano", disse.
A reforma da barragem do Papagaio implicou um investimento de 200 mil euros da Soares da Costa, projeto também realizado pela EMAE.
Da atual produção elétrica são-tomense, 80% é produzida na central térmica de São Tomé, dependente das importações de gasóleo.
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