Biocombustíveis

Nova geração de biocombustíveis impacta oferta de água, diz estudo

G1
31/08/2011 11:37
Visualizações: 855
A possível escassez de água pode reduzir o entusiasmo dos americanos pela produção de biocombustíveis a partir de gramíneas. A substituição do milho pelas espécies miscanthus e switchgrass era a aposta dos EUA, e outros países, para ganharem mais eficiência e afastarem o fantasma da redução das áreas de produção de alimentos.

As primeiras pesquisas sobre as novas espécies foram focadas no uso da terra e nas questões econômicas, porém muitos esqueceram de analisar qual seria o impacto dessas novas espécies sobre os recursos hídricos. O estudo publicado nesta terça-feira (30) na revista científica “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS) reduziu as expectativas. A pesquisa revela que mudanças no ciclo das chuvas, previstas com o aquecimento global, podem afetar a produção em larga escala de gramíneas.

"Enquanto ficamos procurando soluções para energia através de plantas mais eficientes, a dependência de água foi ignorada, e esse pode ser um fator limitante significativo", disse Praveen Kumar, engenheiro ambiental e cientista atmosférico da Universidade de Illinois, nos EUA.

O estudo também faz um alerta para os países que já investem no uso de gramíneas para a fabricação de biocombustíveis. O entusiasmo inicial com essas culturas ocorreu porque estas tinham uma maior capacidade de produção por hectare, podendo substituir o milho - que tradicionalmente era usado no EUA para a fabricação de biocombustível. Acusado em 2008 por um relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) de ser o responsável pela redução das áreas plantada destinada aos alimentos e, consequentemente, pelo aumento no preço da comida em vários países.

Segundo a PNAS, as duas espécies de gramíneas podem ser uma ameaça aos recursos hídricos justamente por causa de sua maior produtividade, o que requer mais água. Um problema para regiões que já sofrem com a escassez hídrica e dependem da irrigação para o plantio.

Os pesquisadores afirmam que a substituição do milho é uma opção apenas em regiões onde os ciclos de chuvas não devem mudar com às mudanças climáticas. O centro-oeste dos EUA foi apontado como uma dessas prováveis áreas.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Pessoas
Francisco Valdir Silveira assume presidência do SGB
13/11/25
Curso
Radix e UniIBP lançam primeira edição do curso "Análise ...
13/11/25
Margem Equatorial
Rio-Macapá: novas fronteiras levam à região Norte
12/11/25
COP30
Petrobras e BNDES lançam primeiro edital do ProFloresta+...
12/11/25
Evento
ANP participa de conferência de Geofísica Sustentável, d...
12/11/25
Pré-Sal
PPSA aguarda decisão sobre aumento de participação da Un...
12/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
12/11/25
COP30
Portaria sobre embarcações sustentáveis entra em consult...
12/11/25
COP30
Eficiência energética é essencial para desacoplar cresci...
12/11/25
COP30
Embrapii abre chamada pública para capacitação de grupos...
12/11/25
PD&I
União de expertises
12/11/25
Gás Natural
GNLink e Bahiagás firmam contrato para levar gás natural...
11/11/25
Pré-Sal
P-79 deixa estaleiro na Coreia do Sul rumo ao campo de B...
11/11/25
Amazonas
Petrobras e Amazônica Energy firmam primeiro contrato pa...
11/11/25
Refino
Complexo de Energias Boaventura terá unidades de refino ...
11/11/25
COP30
Soluções baseadas na Natureza: mitigar mudanças climátic...
10/11/25
Combustíveis
Etanol registra alta na primeira semana de novembro, apo...
10/11/25
Brandend Content
Oil States participa da OTC Brasil 2025 e reforça seu co...
07/11/25
Resultado
Lucro líquido da Petrobras chega a US$ 6 bilhões no terc...
07/11/25
ANP
XIII Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente ...
07/11/25
Indústria Naval
Transpetro lança licitação para contratação de navios de...
07/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.