Setor Elétrico

Nível de hidrelétricas indica racionamento

Crise hídrica no país.

Correio Braziliense
14/10/2014 12:51
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O nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da energia hidrelétrica gerada no Brasil, pode fechar o mês abaixo do registrado em setembro de 2001, quando o país decretou racionamento. A última projeção do Operador Nacional do Sistema (ONS) é de que, em 31 de outubro, os principais lagos do subsistema tenham apenas 19,9% de água armazenada, enquanto no mesmo mês de 2001, ano do apagão, estavam com 21%.
Para agravar o quadro, o consumo era muito menor no período do racionamento. O diretor do Ilumina Instituto para o Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético, Roberto Pereira dAraújo, destacou que, em 2014, a carga do sistema deve chegar a 540 terawatts/hora (TWh), enquanto, em 2001, era de 330 TWh. Há um pequeno detalhe não sendo revelado: ter 21,3% de reserva no Sudeste para atender 330 TWh é uma situação bem melhor do que ter 19,9% para atender 540TWh. Portanto, se o critério de 2001 foi estabelecer racionamento naquelas condições, agora, isso já seria mais do que justificável, analisou.
Considerada apenas a reserva do Sudeste, os 19,9% projetados pelo ONS para o fim do mês correspondem a 12,6% com uma carga quase o dobro maior, conforme o analista. O que não se tinha naquele período era a capacidade de geração térmica que o sistema tem hoje. Entretanto, o planejamento que foi feito para as termelétricas era de uso esporádico, em condições emergenciais, porque são muito caras, não na base, como está sendo utilizado atualmente, ressaltou dAraújo.
Com apenas 23,28% de armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste, três quartos da água do subsistema já foram embora. Com níveis tão baixos, é preciso parar as turbinas em algumas usinas, sob pena de danos nos equipamentos. Foi o que já aconteceu em Três Marias e pode começar a ocorrer em outros reservatórios, alertou o diretor do Ilumina.
A segunda região mais importante para o sistema hidrelétrico do país é a Nordeste, com aproximadamente 12% da capacidade. Para esse mercado, a situação atual é de 19,41% de armazenamento. O ONS também projeta níveis de reservatório bem críticos ao fim de outubro, de 15,1%. Ainda assim, quase o dobro dos 8% registrados em 2001, conforme a Comerc Energia.
Para o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos, em alguns reservatórios, como Ilha/Três Irmãos, a água não está sendo mais usada para gerar energia a fim de garantir a navegabilidade. Mesmo que as chuvas venham com força no próximo período úmido, serão necessários dois anos para encher os reservatórios, estimou. Isso porque as chuvas chegam com o verão, quando o consumo também cresce, por conta do uso constante de ar-condicionado. O volume hidrológico tende a aumentar em novembro e alcançar o patamar mais significativo entre dezembro e março, justamente os meses mais quentes do ano no país. Os reservatórios já estão comprometidos para o ano que vem, acrescentou Cuberos.
Pelas estimativas do Operador Nacional do Sistema, somente um volume torrencial de chuvas pode livrar o país de adotar algum tipo de racionamento.

O nível dos reservatórios das regiões Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da energia hidrelétrica gerada no Brasil, pode fechar o mês abaixo do registrado em setembro de 2001, quando o país decretou racionamento.

A última projeção do Operador Nacional do Sistema (ONS) é de que, em 31 de outubro, os principais lagos do subsistema tenham apenas 19,9% de água armazenada, enquanto no mesmo mês de 2001, ano do apagão, estavam com 21%.

Para agravar o quadro, o consumo era muito menor no período do racionamento. O diretor do Ilumina Instituto para o Desenvolvimento Estratégico do Setor Energético, Roberto Pereira dAraújo, destacou que, em 2014, a carga do sistema deve chegar a 540 terawatts/hora (TWh), enquanto, em 2001, era de 330 TWh. Há um pequeno detalhe não sendo revelado: ter 21,3% de reserva no Sudeste para atender 330 TWh é uma situação bem melhor do que ter 19,9% para atender 540TWh.

Portanto, se o critério de 2001 foi estabelecer racionamento naquelas condições, agora, isso já seria mais do que justificável, analisou.

Considerada apenas a reserva do Sudeste, os 19,9% projetados pelo ONS para o fim do mês correspondem a 12,6% com uma carga quase o dobro maior, conforme o analista.

O que não se tinha naquele período era a capacidade de geração térmica que o sistema tem hoje.

Entretanto, o planejamento que foi feito para as termelétricas era de uso esporádico, em condições emergenciais, porque são muito caras, não na base, como está sendo utilizado atualmente, ressaltou dAraújo.

Com apenas 23,28% de armazenamento no Sudeste/Centro-Oeste, três quartos da água do subsistema já foram embora.

Com níveis tão baixos, é preciso parar as turbinas em algumas usinas, sob pena de danos nos equipamentos. Foi o que já aconteceu em Três Marias e pode começar a ocorrer em outros reservatórios, alertou o diretor do Ilumina.

A segunda região mais importante para o sistema hidrelétrico do país é a Nordeste, com aproximadamente 12% da capacidade.

Para esse mercado, a situação atual é de 19,41% de armazenamento. O ONS também projeta níveis de reservatório bem críticos ao fim de outubro, de 15,1%.

Ainda assim, quase o dobro dos 8% registrados em 2001, conforme a Comerc Energia.

Para o gerente de regulação da Safira Energia, Fábio Cuberos, em alguns reservatórios, como Ilha/Três Irmãos, a água não está sendo mais usada para gerar energia a fim de garantir a navegabilidade.

Mesmo que as chuvas venham com força no próximo período úmido, serão necessários dois anos para encher os reservatórios, estimou.

Isso porque as chuvas chegam com o verão, quando o consumo também cresce, por conta do uso constante de ar-condicionado.

O volume hidrológico tende a aumentar em novembro e alcançar o patamar mais significativo entre dezembro e março, justamente os meses mais quentes do ano no país.

Os reservatórios já estão comprometidos para o ano que vem, acrescentou Cuberos.

Pelas estimativas do Operador Nacional do Sistema, somente um volume torrencial de chuvas pode livrar o país de adotar algum tipo de racionamento.

 

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