Energia renovável

Neoenergia e Prumo assinam memorando para projetos de hidrogênio verde e eólica offshore no Porto do Açu

Com o acordo, companhia desenvolverá estudos para produção de hidrogênio verde no complexo industrial e para geração eólica em alto-mar no estado do Rio de Janeiro

Neoenergia e Prumo assinam memorando para projetos de hidrogênio verde e eólica offshore no Porto do Açu
29/09/2022 11:44
Neoenergia e Prumo assinam memorando para projetos de hidrogênio verde e eólica offshore no Porto do Açu Imagem: Divulgação Visualizações: 1008 (0) (0) (0) (0)

A Neoenergia e a Prumo, holding controlada pela EIG, assinaram um memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) para o desenvolvimento de estudos para a produção de hidrogênio verde no Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro. O acordo também contempla a realização de estudos para a geração eólica offshore naquela região do litoral fluminense, incluindo aspectos socioeconômico, ambientais, cadeia de suprimentos e logística do complexo industrial e portuário.

"O Brasil continuará demandando fortes investimentos no setor de energia nos próximos anos. Temos plena capacidade de gerar valor para o mercado brasileiro. A expansão do portfólio de renováveis reforça o nosso compromisso com a descarbonização, a inovação e o desenvolvimento de tecnologias renováveis", afirmou Eduardo Capelastegui (foto), CEO da Neoenergia.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29/9), durante a sessão "Desenvolvimento do mercado de geração de energia eólica offshore no Brasil – desafios e oportunidades", na 20ª edição da Rio Oil &Gas, maior evento de óleo e gás da América Latina. "A Neoenergia tem como foco o desenvolvimento de uma carteira de projetos renováveis eólicos e fotovoltaicos, além da capacitação de equipes e parcerias estratégicas para a viabilidade de geração eólica offshore e desenvolvimento de projetos-pilotos de hidrogênio verde", ressaltou Laura Porto, diretora-executiva de Renováveis da Neoenergia, durante palestra na feira.

"O Porto do Açu tem uma condição de infraestrutura privilegiada para o desenvolvimento de um hub de consumo de energia que fomentará tanto a produção de hidrogênio verde quanto a necessária energia renovável para a sua produção. A descarbonização da indústria gera demanda por energia elétrica renovável em detrimento da utilização de combustíveis fósseis", destacou Hugo Nunes diretor-executivo de Liberalizados da Neoenergia.

Essa é mais uma parceria que está alinhada à estratégia de negócios da Neoenergia. Além do novo acordo com a Prumo, a Neoenergia já assinou memorandos de entendimento com os governos de Pernambuco, do Ceará e do Rio Grande do Norte para o desenvolvimento de hidrogênio verde; e com o governo do Rio Grande do Sul para o desenvolvimento de plantas de hidrogênio verde e estudos para a geração eólica em alto-mar no litoral gaúcho, no parque offshore Águas Claras.

O memorando firmado com a Prumo prevê a cooperação na realização dos estudos para o fomento às duas tecnologias de geração de energia limpa. Além da relevância portuária e de logística, destaca-se a capacidade do Porto do Açu em reunir diversos segmentos industriais na região Sudeste, que concentra grande demanda pelo consumo de energia no país. A iniciativa pode contribuir para a promoção da energia eólica offshore, incentivando o desenvolvimento socioeconômico e ambiental, de infraestrutura e das cadeias de valor e suprimento da Região Sudeste. Além disso, futuras plantas de hidrogênio verde podem atendem à demanda das indústrias no país.

Pelo acordo, os projetos podem ter sinergia com a infraestrutura portuária tanto na fase de instalação, por servir como área de apoio para a fabricação e estocagem dos materiais, quanto na de operação, permitindo o atracamento de embarcações especiais.

O CEO da Prumo, Rogério Zampronha, que mediou a palestra durante o evento, destacou os diferenciais do Porto do Açu: "A Prumo entende a transição energética como necessidade desde a implantação do Porto do Açu. Este é o único empreendimento portuário no país capaz de fomentar a industrialização de baixo carbono desde o princípio, porque além da retroárea disponível e infraestrutura de classe mundial, conta com ótima localização, sendo o melhor local para instalar bases logísticas para eólicas offshore", reforçou Zampronha.

Atualmente o Porto do Açu se projeta como área no litoral brasileiro que reúne uma das melhores condições de vento para a instalação de eólicas offshore, com grandes players mundiais interessados em instalar projetos na costa contígua.

"Hoje já temos 2,4 GW de projetos de energia renovável em desenvolvimento, entre plantas de hidrogênio verde, solar e eólica offshore, que atuarão em sinergia. O Porto do Açu está localizado em uma área de influência com potencial de 30GW de geração em projetos de eólica offshore em licenciamento no Ibama. Isso nos torna uma plataforma para a industrialização de baixo carbono, com memorandos assinados também para o desenvolvimento de plantas para hidrogênio verde e energia fotovoltaica, todos atuando e sinergia, como prevê o projeto da Neoenergia", explica Mauro Andrade, diretor de Novos Negócios da Prumo.

Hidrogênio Verde

A parceria prevê a colaboração da Neoenergia e da Prumo no desenvolvimento da produção de hidrogênio verde no Porto do Açu. O combustível é um vetor estratégico para o segmento industrial e setores de difícil descarbonização, como o transporte pesado de longa distâncias, setor naval e aéreo.

O hidrogênio verde representa um avanço tecnológico em relação a outras fontes, como o cinza e o azul, provenientes de combustíveis fósseis. Quando classificado como verde, o hidrogênio é obtido a partir da eletrólise da água, em que a eletricidade de fontes renováveis, como eólica e solar, é utilizada para a decomposição das moléculas de água. Esse processo não gera dióxido de carbono e, por isso, é limpo.

As condições são amplas para o Brasil se tornar protagonista na produção de hidrogênio verde para atendimento à demanda interna e exportação. Hoje, o país tem 83% da matriz elétrica baseada em fontes renováveis, de acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). A expectativa é de expansão do segmento com o desenvolvimento de novas tecnologias como a eólica offshore. O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) do Brasil, em fevereiro de 2021, apontou o hidrogênio verde como um dos temas prioritários para pesquisa e desenvolvimento no país.

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