<P>Depois de uma semana de greve dos auditores fiscais da Receita Federal, aproximadamente mil operações de importação foram afetadas no Porto de Paranaguá. A estimativa é do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) em Paranaguá, no Litoral paranaense. Com isso, ...
Portos e NaviosDepois de uma semana de greve dos auditores fiscais da Receita Federal, aproximadamente mil operações de importação foram afetadas no Porto de Paranaguá. A estimativa é do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco) em Paranaguá, no Litoral paranaense. Com isso, aproximadamente R$ 680 milhões de mercadorias importadas ficaram retidas no pátio de armazenagem do porto.
Outras 200 operações de exportações também foram afetadas em uma semana de greve dos auditores fiscais. Isso equivale a aproximadamente R$ 135 milhões. De acordo com o presidente da delegacia da Unafisco em Paranaguá, Rodrigo Sais, durante a paralisação foi feita uma operação padrão no setor de fertilizantes. ?Pelo menos três navios tiveram a operação atrasada. A estimativa é que cada navio leve de US$ 15 a US$ 20 milhões (R$ 25 a R$ 34 milhões) em cargas?, afirmou Sais.
A greve é uma paralisação nacional e a categoria reivindica uma valorização da carreira, com aumentos salariais. Os auditores, que ganham em média R$ 13,3 mil por mês, pedem equiparação de salários com os delegados da Polícia Federal e com os procuradores da Fazenda Nacional que trabalham na Advocacia Geral da União (AGU), que recebem R$ 18 mil. A greve é por tempo indeterminado.
Os auditores também protestam contra a proposta do governo federal que pode levar ao fim da autonomia do órgão. Segundo o sindicato, as mudanças podem deixar os auditores suscetíveis a pressões políticas e econômicas, deixando a Receita Federal um órgão politizado.
Porto de Paranaguá
No Porto de Paranaguá, a paralisação atinge o desembaraço de mercadorias importadas e exportadas. Na segunda-feira (24), a Justiça Federal proferiu decisão favorável para a empresa Indústria de Compensados Guararapes Ltda., para que os auditores fiscais façam o despacho aduaneiro das mercadorias a serem exportadas pela empresa.
De acordo com o presidente sindical Rodrigo Sais, a decisão da Justiça não vai afetar a greve no Porto de Paranaguá. Vai ser cumprida a decisão judicial, mas isso não prejudica a paralisação. Quem se sentir lesado, deve procurar a Justiça, definiu. No Porto de Paranaguá trabalham 56 auditores, mas com a greve apenas 17 continuam atuando no sistema aduaneiro, em regime de rodízio.
Além da mobilização dos auditores fiscais, o Porto de Paranaguá registrou filas de caminhões para desembarcar grãos na noite de segunda-feira (24) e durante esta terça-feira (25). A assessoria da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) afirmou que as filas não foram em razão da greve dos auditores, e sim das chuvas que caíram nos últimos dois dias na região. A Appa não comenta a paralisação dos auditores fiscais.
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