Embarcações

Navio gigante enfrenta dificuldade de navegação

<P>Com o comércio mundial de mercadorias crescendo cerca de 15% ao ano e as exportações chinesas o dobro disso, a procura pelo transporte de contêineres encaminha-se a subir cada vez mais. As tarifas de frete aumentaram 30% ao longo dos quatro anos até o terceiro trimestre de 2005, quando foi a...

Valor Econômico
06/03/2007 00:00
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Com o comércio mundial de mercadorias crescendo cerca de 15% ao ano e as exportações chinesas o dobro disso, a procura pelo transporte de contêineres encaminha-se a subir cada vez mais. As tarifas de frete aumentaram 30% ao longo dos quatro anos até o terceiro trimestre de 2005, quando foi atingido o pico desse ciclo de elevações. Isso levou a uma disparada nas encomendas de novos e maiores navios. Previsivelmente, estes serão lançados no momento de queda do ciclo. No último trimestre de 2006, os fretes caíram 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior, em meio ao aumento na oferta e à desaceleração no crescimento da demanda.

Há cerca de 4 mil navios de contêineres atualmente e outros 1,3 mil encomendados. A tonelagem encomendada equivale à metade da existente. Historicamente, essa proporção vinha girando em torno a 30%. Uma bolha pode estar em formação: como a maior parte da atual frota é relativamente moderna, há poucas vantagens em desfazer-se dos navios existentes.

O mais assombroso dos novos é o Emma Maersk. Em seu casco de 397 metros, pode carregar 11 mil contêineres de 20 pés (pouco mais de seis metros), o tamanho referencial, chamado de TEU; ou o equivalente em contêineres de 40 pés, que predominam. Um trem que carregasse essa carga teria de ter 71 quilômetros de extensão.

A Maersk Line, maior empresa de contêineres, pretende ter mais navios pelo menos tão grandes quando o Emma Maersk. A CMA CGM tem oito em construção. Navios tão grandes, no entanto, podem deparar-se com problemas.

Até 1988, os maiores navios de contêineres carregavam 5 mil TEUs, o suficiente para passar pelo Canal do Panamá. As embarcações podem ter no máximo 32,2 metros de largura, 294,1 metros de comprimento e não mais de 12 metros de calado para poder passar pelas eclusas na viagem de 80 quilômetros que separa o Atlântico do Pacífico. Os novos navios gigantes são grandes demais para o canal.

Ante a limitação de sua principal fonte de renda, a população panamenha aprovou o plano de US$ 5 bilhões para expandir a capacidade do canal. As novas eclusas serão grandes o suficiente para acomodar o monstro da Maersk. Os opositores do projeto criticam seu impacto ambiental e argumentam que faria mais sentido construir um porto no lado do Pacífico para receber os navios gigantes, cuja carga seria enviada ao Atlântico por ferrovia.

Caso a busca por economias de escalas leva os navios a tamanhos além das 18 mil TEUs, então a natureza representará outro obstáculo considerável.

A maior parte dos navios mais novos está concentrando o tráfego nos grandes centros portuários. Cerca de 20 portos dominam o movimento de navios de contêineres, graças a guindastes grandes o suficiente para trabalhar a carga e a canais profundos para recebê-los. Entretanto, em algum ponto, as economias de escala deverão encalhar nos custos de atualização dos portos para receber navios cada vez maiores.

Fonte: Valor Econômico

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