Indústria naval

Navio de pesquisas passa por reformas

Tribuna de Santos
20/07/2005 03:00
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Algumas avarias no navio de pesquisa Professor Besnard, durante sua atracação no Porto de Santos, no final do mês passado, obrigaram seu remanejamento para reparos em um estaleiro em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. De acordo com o comandante da embarcação, Waldir da Costa Freitas, o Besnard deve ser entregue somente no próximo mês.
Segundo Freitas, o navio, de propriedade do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), se chocou lateralmente com o costado do cais do Armazém 8. O comandante afirmou que não foram verificados grandes problemas com o casco, ‘‘apenas um amassado’’, mas este foi o principal motivo para levá-lo ao estaleiro carioca. ‘‘Há algum tempo, o barco já estava apresentando problemas pelo longo tempo de uso — já são 40 anos. Então, solicitamos a docagem (colocação em um dique seco para checagem das estruturas)’’.
Assim que o acidente aconteceu, a tripulação tomou as providências necessárias para evitar vazamentos de produtos químicos. ‘‘Nós suspeitávamos, naquele momento, que tinha rasgado o casco. Então, tiramos todo o óleo e o combustível e chamamos a Cetesb’’.
Além da colisão, Freitas contou que, recentemente, um furo no casco obrigou a adoção de práticas para conter o problema. ‘‘Tivemos que adernar por causa desse furo. Foi quando voltamos para Santos e atracamos o navio no Armazém 8’’.
A deterioração da estrutura do Besnard fez com que o comandante solicitasse à companhia classificadora do barco, que autoriza a docagem, o remanejamento ao estaleiro. Assim, o navio deixou o cais santista há duas semanas.
Freitas, há mais de 30 anos na tripulação da embarcação e há 20 anos como comandante, explicou que ainda havia um ano de limite para realizar uma nova vistoria. ‘‘Obrigatoriamente, qualquer barco pode ficar até quatro anos sem docar, mas como o nosso já tem 40 anos, então há uma necessidade maior’’.

Pesquisa - Quando pronto, o Professor Besnard seguirá para uma pesquisa entre a Bacia de Campos (RJ) e os portos de Santos e de Paranaguá (PR), para avaliar a fauna e a flora marinhas dessa região.
Lançado ao mar em 1966, o barco foi batizado em homenagem ao pesquisador russo Wladimir Besnard. A embarcação tem 49 metros de comprimento, 9,33 metros de largura e 4,20 de calado. 

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