Indústria 4.0

Na CNI, empresários propõem a Kassab programa de desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil

Lideranças empresariais sugerem formação de grupo de trabalho público e privado para desenvolver políticas de inserção do Brasil no novo conceito de produção.

Redação/Agência CNI de Notícias
03/10/2016 18:04
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A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou hoje ao ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, a proposta de criação de uma força-tarefa para desenhar políticas que acelerem a inserção do Brasil em processos de manufatura avançada, também conhecida como Indústria 4.0, que usa tecnologias digitais para dinamizar e impulsionar a produção industrial.

Pedro Wongtchowski, coordenador da MEI e membro do Conselho de Administração do Grupo Ultra, apresentou ao ministro os resultados das imersões em inovação realizadas pela CNI em laboratórios de ponta e empresas referências nos Estados Unidos e no Brasil. “A MEI tem feito esforços para criar competências nas empresas e instituições de P&D para fazer frente a esse movimento (manufatura avançada), mas a indústria brasileira está um pouco atrasada. A ideia é que esse esforço da CNI, em parceria com o governo, possa acelerar a entrada do Brasil nessa nova fase”, afirmou.

Segundo ele, sem um programa nacional, a competitividade da economia brasileira poderá ser comprometida no futuro, uma vez que as maiores economias do mundo, como Estados Unidos, Alemanha e Japão vêm desenvolvendo instrumentos de incentivo à modernização da produção.

RECURSOS – Kassab reconheceu a importância do tema. Disse ainda que o caminho para a retomada do crescimento econômico é o desenvolvimento da inovação no Brasil. “Nenhum país saiu de uma crise sem aumentar seus investimentos em pesquisa e inovação. O mundo tem vários exemplos disso e, no Brasil, não será diferente”, reiterou. Segundo ele, um dos principais objetivos é reduzir a burocracia para o investimento.

Ele pediu o apoio dos empresários para que o orçamento da pasta proposto para 2017 seja mantido, uma vez que a área foi uma das que mais sofreu cortes de recursos recentemente. "Os investimentos em pesquisas, tecnologia e inovação são fundamentais para elevar a competitividade das nações. A MEI e a CNI devem se unir a nós para sensibilizar as instituições e a sociedade de que preservar o orçamento proposto para 2017 é essencial para o Brasil", defendeu Kassab.

A expectativa do MCTIC é que o Congresso mantenha o orçamento proposto para o ano que vem, que prevê R$ 5,19 bilhões para as áreas científicas e representa 21,7% a mais que os recursos reservados para este ano. Com o setor de comunicações, o orçamento sobe para R$ 5,762 bilhões.

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