<P>A MWM International, subsidiária brasileira da Navistar, fabricante americana de motores e caminhões, começou ontem preparar a sua fábrica para exportar blocos usinados para os motores de 11 e 13 litros (marca Big Bore MaxxForce) para a International nos Estados Unidos, que produzirá em Hunt...
Gazeta MercantilA MWM International, subsidiária brasileira da Navistar, fabricante americana de motores e caminhões, começou ontem preparar a sua fábrica para exportar blocos usinados para os motores de 11 e 13 litros (marca Big Bore MaxxForce) para a International nos Estados Unidos, que produzirá em Huntsville, Alabama (EUA), caminhões extrapesados. Ontem a empresa inaugurou moderna linha de usinagem de blocos na unidade de Santo Amaro (bairro da capital paulista) , com investimentos de US$ 36,8 milhões. A fábrica inicia as atividades em três turnos de trabalho e o cronograma de embarque, que já começou, prevê enviar 10 mil blocos no primeiro ano, 20 mil no segundo e 30 mil no terceiro ano. Nossa expectativa é que este contrato acrescente nos próximos três anos US$ 72 milhões no total das exportações da empresa, que neste ano atingirá US$ 263 milhões, 48% superior a 2007, disse o presidente e CEO da empresa, Waldey Sanchez.
Sanchez destacou que esta é uma das mais modernas fábricas do mundo em usinagem de bloco. E foi a competência e a alta produtividade que ajudaram o Brasil a vencer a concorrência dos chineses e dos americanos neste negócio com a International dos Estados Unidos.
Para operar a linha de usinagem, que tem muita tecnologia e automação nos processos, a MWM International está contratando cerca de 25 pessoas especializadas na área técnica e de engenharia. Além de blocos e componentes, a empresa já estuda a possibilidade de exportar também motores Acteon de 4 cilindros para os Estados Unidos, que atende a norma EPA 10 naquele país, disse José Eduardo Luzzi, diretor de vendas, marketing e pla nejamento estratégico.
Mas os Estados Unidos não é o único mercado onde a MWM International vem expandindo os seus negócios.No México a empresa também está ampliando suas exportações e começa a enviar no segundo semestre deste ano motores de 9.3 litros e 310 cavalos de potência e de 7.6 litros de 210 e 260 cavalos de potência, que atendem as novas normas de emissões EPA 04.
Também vai fornecer propulsores de 7.2 litros, com a tecnologia EGR, que atenderão à norma Euro 4, que será adotada naquele país a partir de setembro deste ano Em vez de um os motores vão equipar agora três modelos de veículos no México, disse Luzzi.
No mercado mexicano o contrato da MWM International é com a International Truck & Engine Corporation - empresa do grupo Navistar - que produz ônibus e caminhões.
A empresa também vai exportar motores para a Colômbia, para equipar ônibus que são fabricados naquele país. Para a Argentina a fábrica de Canoas (RS) envia motores diesel para equipar a picape Ranger da Ford.
Revisão do faturamento
Em razão da expansão dos negócios no exterior e do bom desempenho das vendas no mercado brasileiro, onde fechou o primeiro semestre com 31% de participação na produção total de motores diesel, a MWM International, que agora passa adotar nova logotipo (MWM International Navistar Company) antecipa para este ano sua previsão de faturar US$ 1 bilhão, antes previsto para 2010 - em 2008 projetava faturamento líquido de US$ 880 milhões. A quantia, que é 27% superior a 2007, é recorde na história da companhia, que nestes 55 anos de atividades no Brasil, já produziu mais de 3,5 milhões de motores destinados ao setor automotivo, agrícola, marítimo e industrial.
Do total de US$ 1 bilhão que a empresa prevê faturar neste ano, 70% serão provenientes de vendas para as montadoras de veículos e máquinas agrícolas, 30% para o setor industrial e o restante para o setor de reposição, disse José Eduardo Luzzi.
Para alcançar seus objetivos, a MWM International já tem programado investimento de US$ 233 milhões até 2013, quantia que inclui os US$ 80 milhões que serão destinados para a produção de novos motores que atenderão exclusivamente a General Motors, num contrato de sete anos. A produção, que neste ano totalizará 145 mil unidades, subirá para 310 mil motores em 2013.
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