Redação TN Petróleo/Assessoria IBP
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O estande do IBP recebeu, nesta quarta-feira (10), um dos debates que mais reuniu público da sua programação: a palestra “Mulheres na Operação: Protagonismo Feminino no Midstream”, com a moderação de Carla Diniz (NTS), e a participação de Camila Faria (TAG) e Keurrie Cipriano (Transpetro) em um bate-papo sobre carreira, desafios e conquistas femininas em um setor historicamente dominado por homens. A palestra foi aberta por Carolina Abreu, da área de Sustentabilidade do IBP, que destacou a importância de criar espaços de visibilidade para mulheres inspiradoras na indústria de óleo e gás.
Moderado por Carla Diniz, o painel trouxe dados sobre a presença feminina em áreas técnicas e de liderança no setor, mostrando avanços graduais — como o crescimento no número de mulheres engenheiras e exemplos de empresas que já contam com índices acima de 40% de participação feminina. A proposta do encontro, segundo Carla, foi inspirar jovens profissionais e estimular a criação de uma rede de apoio entre mulheres da indústria.
Ao compartilhar suas trajetórias, Camila Faria contou como a paixão pelas operações surgiu ainda na época de estágio e se consolidou com o dinamismo da área de transporte de gás, onde cada dia representa um novo aprendizado. Já Keurrie Cipriano relembrou os desafios de ser a única mulher em posições de liderança no passado e defendeu a importância de ocupar espaços de decisão, enfrentando resistências e combatendo preconceitos. Ambas reforçaram o papel das políticas de equidade de gênero, programas de mentoria e do fortalecimento da rede de apoio como fatores-chave para que mais mulheres avancem em suas carreiras.
O debate também abordou temas como maternidade e carreira, ressaltando a necessidade de empresas que respeitem e apoiem a escolha das mulheres em todas as fases da vida profissional. Para as participantes, romper vieses inconscientes e dar voz às próprias escolhas é fundamental para que a presença feminina nas operações continue crescendo e transformando a cultura do setor.
Importância da inclusão das mulheres no setor de O&G
A presença feminina no setor de óleo e gás brasileiro ainda é tímida, mas o cenário vem mudando com ações estruturadas de grandes empresas. Predominantemente masculino, o setor enfrenta desafios de equidade de gênero, especialmente em cargos de liderança: dados recentes mostram que apenas 1% dos CEOs são mulheres e que 16% das posições em empresas nacionais são ocupadas por elas. Entretanto, pesquisas indicam que organizações com maior diversidade de gênero apresentam melhor desempenho financeiro, maior resiliência e capacidade de inovação.
Para avançar nesse contexto, é fundamental garantir a participação plena das mulheres em todos os níveis de tomada de decisão, desde a admissão até cargos executivos. Programas de treinamento, políticas de recrutamento afirmativo, equidade salarial, salas de aleitamento, vestiários e EPIs específicos são exemplos de medidas que contribuem para tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo. Além disso, canais de denúncia de assédio garantem segurança e promovem a ética corporativa.
O IBP, por meio de seu Grupo de Trabalho de Gênero, tem incentivado pesquisas e práticas que buscam aumentar a representatividade feminina no setor. Ações como definição de metas de inclusão, mentorias, ativação de redes de apoio e conscientização sobre vieses inconscientes ajudam a consolidar um ambiente de trabalho mais justo, promovendo carreiras inspiradoras para mulheres e fortalecendo a sustentabilidade social e econômica do setor de óleo e gás no Brasil.
Além disso, o IBP aproveita seus grandes eventos para promover debates sobre diversidade e equidade de gênero, incentivando mulheres a se apoiarem mutuamente e a participarem ativamente do setor. A UnIBP, Universidade Setorial do Instituto, também oferece programas de mentoria e desenvolvimento, criando oportunidades concretas para que mulheres se engajem e cresçam em um setor que ainda apresenta desafios para a equidade de gênero.
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