Comércio Exterior

Muda a geografia das exportações

<P>Ásia e Oriente Médio passam à frente de outros blocos na participação das vendas do País. Um novo mapa se desenha nas exportações do agronegócio brasileiro. Os países emergentes estão aumentando a participação nas compras de produtos nacionais, enquanto os desenvolvidos diminuem a re...

Gazeta Mercantil
09/01/2007 22:00
Visualizações: 569

Ásia e Oriente Médio passam à frente de outros blocos na participação das vendas do País. Um novo mapa se desenha nas exportações do agronegócio brasileiro. Os países emergentes estão aumentando a participação nas compras de produtos nacionais, enquanto os desenvolvidos diminuem a representação nos destinos. Produtos como soja, açúcar e carnes explicam a mudança no perfil dos importadores do campo brasileiro.

Nos últimos seis anos a Ásia passou à frente do Nafta entre os principais blocos de destino, ocupando agora o segundo lugar no ranking, atrás da União Européia, que perdeu a participação mas continua líder. O Mercosul, que era o quarto passou para o oitavo e o Oriente Médio subiu do quinto lugar para o posto do bloco vizinho. Subiram no ranking também a Europa Oriental e a África.

É uma tendência verificada e significa que o Brasil exportou mais e melhorou o leque de destinos, diz Matheus Zanella, assessor-técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, que analisou os dados da balança comercial do agronegócio. No início da década, o campo comercializava com 182 países - hoje são 214.

A mudança ocorre porque em seis anos o aumento da receita obtida com vendas para os blocos com países emergentes foi superior ao crescimento médio do comércio exterior do agronegócio e da expansão verificada nos blocos de países desenvolvidos. Em seis anos, a Ásia importou 256% mais do Brasil, chegando a US$ 9,4 bilhões ou 19% do total. No mesmo período, o Oriente Médio viu suas compras subirem 340%, atingindo US$ 4,1 bilhões no ano passado, o equivalente a 8,2%. Entre 2000 e 2006, as exportações do agronegócio aumentaram 161%, somando US$ 49,4 bilhões no ano passado. Enquanto isso, as compras da União Européia tiveram incremento de 106% e as do Nafta, 105%.

Assim, se em 2000 a União Européia respondia por 40% das exportações brasileiras, em 2006 chegou a 31,4% - US$ 15,5 bilhões. Neste intervalo, a Ásia passou de 13,5% para 19% - US$ 9,4 bilhões, enquanto o Oriente Médio saiu de 4,9% para 8,2% - US$ 4,1 bilhões. O Brasil é mais competitivo, fornecendo matérias-primas para os países em desenvolvimento, afirma Fábio Silveira, economista da RC Consultores.Segundo Zanella, neste período houve mudança também nos países que individualmente mais compram do Brasil. Em 2000, o principal destino individual eram os Estados Unidos, com 18% do total. No ano passado, o país seguia líder, mas a participação era de 14%. Neste período, a China passou de 11º e para 3º maior destino, com 7,7%. Segundo Zanella, a soja foi o principal motor deste crescimento - os chineses compram a matéria-prima para industrializarem lá. Nos últimos seis anos houve um salto também na participação da Rússia, que passou de 12º para 4º maior comprador do Brasil, com 6,4% do total. A Rússia se recuperou de uma crise e cresce a taxas fortes, assim como a China, comprando proteínas, entre elas, carnes e soja, diz.

Em 2006 o destaque foi o Irã que entrou para a lista dos 10 maiores destinos com US$ 1,4 bilhão. Cerca de metade das importações daquele país vêem do Brasil. O Brasil está ampliando o leque e ficando menos dependente, avalia Zanella. Segundo ele, a diversificação é boa porque diminui o risco econômico e aumenta a rede de contatos.

Fonte: Gazeta Mercantil

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Margem Equatorial
Rio-Macapá: novas fronteiras levam à região Norte
12/11/25
COP30
Petrobras e BNDES lançam primeiro edital do ProFloresta+...
12/11/25
Evento
ANP participa de conferência de Geofísica Sustentável, d...
12/11/25
Pré-Sal
PPSA aguarda decisão sobre aumento de participação da Un...
12/11/25
Bacia de Campos
PRIO assume operação do Campo de Peregrino com aquisição...
12/11/25
COP30
Portaria sobre embarcações sustentáveis entra em consult...
12/11/25
COP30
Eficiência energética é essencial para desacoplar cresci...
12/11/25
COP30
Embrapii abre chamada pública para capacitação de grupos...
12/11/25
PD&I
União de expertises
12/11/25
Gás Natural
GNLink e Bahiagás firmam contrato para levar gás natural...
11/11/25
Pré-Sal
P-79 deixa estaleiro na Coreia do Sul rumo ao campo de B...
11/11/25
Amazonas
Petrobras e Amazônica Energy firmam primeiro contrato pa...
11/11/25
Refino
Complexo de Energias Boaventura terá unidades de refino ...
11/11/25
COP30
Soluções baseadas na Natureza: mitigar mudanças climátic...
10/11/25
Combustíveis
Etanol registra alta na primeira semana de novembro, apo...
10/11/25
Brandend Content
Oil States participa da OTC Brasil 2025 e reforça seu co...
07/11/25
Resultado
Lucro líquido da Petrobras chega a US$ 6 bilhões no terc...
07/11/25
ANP
XIII Seminário de Segurança Operacional e Meio Ambiente ...
07/11/25
Indústria Naval
Transpetro lança licitação para contratação de navios de...
07/11/25
COP30
Embrapii participa de atividades sobre inovação na indústria
07/11/25
ANP
Combustível do Futuro: ANP fará consulta e audiência púb...
07/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.