<P>O Porto de Santos movimentou 13,99 milhões de toneladas de carga no primeiro trimestre deste ano, um volume 6,5% maior do que as 13,14 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado. Segundo a análise da Codesp, o aumento foi impulsionado pelas exportações, que subiram 28,...
A Tribuna - SPO Porto de Santos movimentou 13,99 milhões de toneladas de carga no primeiro trimestre deste ano, um volume 6,5% maior do que as 13,14 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado. Segundo a análise da Codesp, o aumento foi impulsionado pelas exportações, que subiram 28,2%.
Pesaram contra o resultado as cargas de importação, que apresentaram queda de 27,4%. Destaque para a redução na descarga de adubo (82,1%), hulha betuminosa (21,1%) e trigo (31,2%).
O diretor comercial e de Desenvolvimento da Codesp, Carlos Helmut Kopittke, atribuiu o aumento no índice operacional do complexo à safra de alimentos e à diversificação da carga. Santos tem uma vasta gama de mercadorias. E nesse primeiro trimestre as commodities dispararam, até por questões de safra. A própria safra de soja começou mais cedo e teve uma exportação muito forte. O mês de março repercutiu fortemente esse fato.
O bom resultado operacional não impediu, contudo, que o complexo registrasse queda de 13,21%nos valoresmovimentados. Foram US$ 16,43 bilhões neste ano, contra US$ 19,93 bilhões no ano passado. Apesar disso, a participação de Santos na balança comercial brasileira, em comparação com outros complexos, subiu para 27,7%. No primeiro trimestre de 2008, 25,4% da corrente de comércio nacional passava pelo cais santista.
A razão pela qual Santos aumentou sua participação é que a queda no valor das mercadorias movimentadas em seus terminaisfoi menor do que a registrada nos outros portos.
Se em janeiro e fevereiro, a comparação com o ano anterior permitiu cenários de queda, no mês passado, houve um aumento, O total de mercadorias que passaram pelos terminais em março chegou a 5,18 milhões de toneladas. No mesmo mês, em 2008, o resultado foi de 4,03 milhões de toneladas.
Para o presidente da AssociaçãoBrasileiradeTerminaisPortuários, Wilen Manteli, ainda é cedo para arriscar, com base nessesresultados, uma retomada do volume denegócios brasileiros. É muito difícil fazer previsões agora. Certamente, a partir dos próximos meses, teremos um balanço melhor da crise e saberemos se será mais profunda. O certo é que, para o agronegócio, o efeito não foi tão grande, porque todos precisam comer.
COMÉRCIO MUNDIAL
Para Manteli, os investimen- tos devem ser mantidos durante o período de crise. Quando acabar esse momento, quem tiver os portos preparados, com o calado apropriado e os acessos prontos, será um grande exportador. Não podemos parar. Precisamos estar prontos para superar nossa participação atual no comércio mundial.
Atualmente, o Brasil representa 1,2% da corrente mundial de comércio, ante 2,5% do total na década de 1950, aponta Manteli.
Kopittke também acredita numa retomada da economia brasileira frente à mundial após a turbulência. O Brasil deixou de depender de um ou dois mercados e está se tornando um player mundial. E, com isso, é responsabilidade do próprio Porto de Santos estar preparado para o aumento de movimentação.
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