Investimento

Modernização do país custará R$ 1,2 tri até 2016

Brasil Econômico
15/10/2010 14:10
Visualizações: 743 (0) (0) (0) (0)
Segundo maior canteiro de obras do mundo, atrás apenas da China, o Brasil vai movimentar até 2016 R$ 1,22 trilhão em mais de 9.500 projetos, nessa mega reforma para dar conta das demandas de infraestrutura mais urgentes ao país. Esse impulso levará a economia a estabelecer uma relação entre investimentos e o Produto Interno Bruto (PIB), em média, de 6,5% nos próximos cinco anos — a melhor taxa já verificada na história brasileira, segundo pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema).


Só no período do milagre econômico, na década de 1970, o Brasil atingiu um patamar próximo deste, chegando a 5,6%. Fora isso, essa relação entre PIB e investimentos em infraestrutura chegou a atingir o fundo do poço em 1994, com 1,8%. “A relação entre investimentos em infraestrutura e PIB é a melhor para verificar como um país tem se preparado para crescer e competir externamente e esse aumento previsto para os próximos anos é muito importante neste momento”, comenta o presidente da Sobratema, Mário Humberto Marques.


Essa possibilidade de crescimento, porém, talvez não tire o Brasil da crítica situação em que se encontra, no 17º lugar entre os países do G20 no tocante a gastos com infraestrutura. Um cálculo paralelo desenvolvido pelo professor Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral, aponta que o país precisa investir, em média, cerca de R$ 55 bilhões ao ano (US$ 30,2 bilhões) nos próximos dez anos para suprir as necessidades de infraestrutura urgentes.


“A análise dos vários setores mostra que a desigualdade em infraestrutura no Brasil soma negativos e isso é perda de competitividade na certa”, comenta Resende. “Mas o Brasil é uma das grandes fronteiras para o investimento privado e isso é muito promissor”, acrescenta.


“É por isso que temos tantas construturas e empreiteiras chegando do mundo todo para o Brasil. As maiores oportunidades na área de construção estão nos países do Bric”, diz Yoshio Kawakami, presidente da Volvo Construction. Aliás, na comparação com os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), ele pondera que a condição brasileira de desembolsos em infraestrutura não é tão ruim. “Essas nações apresentam ritmo acelerado de desenvolvimento e, nos próximos cinco anos, deverão chegar a percentuais de crescimento de investimento para esta área que vão variar entre 80% e 90%, ao contrário da trajetória que deve ser verificada nos Estados Unidos, Japão, Alemanha e Espanha”, explica.


Segundo o executivo, até o ano passado o Brasil apresentava taxas menores de investimento que os outros países do grupo, mas as projeções indicam reversão dessa trajetória. “Depois de suprir as demandas mais urgentes em infraestrutura, o Brasil poderá investir com mais força em questões sociais — um movimento que já se verifica nos países mais desenvolvidos” acrescenta Kawakami.


Na pesquisa da Sobratema, a área de combustíveis (que inclui os projetos do pré-sal) lidera os investimentos, com 46,5% do total. “Esse projeto (do pré-sal) traz uma grande oportunidade para o desenvolvimento e para a engenharia da indústria nacional”, defende Mauro Hayashi, gerente de planejamento da Petrobras.


Além de combustíveis, as áreas de transporte (19%), energia (14,1%) e saneamento (6,6%) vêm em seguida na lista dos principais desembolsos, segundo o estudo. Para chegar a esses dados, foram necessários seis meses de pesquisa e compilação de informações em 312 fontes secundárias e 40 fontes primárias, constituídas por mídia, sites do governo e entrevistas com empreendedores. O trabalho foi realizado pela consultoria CriActive.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Firjan
Produção de petróleo na porção fluminense da Bacia de Ca...
01/07/25
ANP
Divulgado o resultado final do PRH-ANP 2025
01/07/25
Evento
Maior congresso técnico de bioenergia do mundo reúne 1,6...
01/07/25
Energia Eólica
Nova MP não será suficiente para conter impactos pervers...
30/06/25
Combustíveis
Gasolina cai só 0,78% em junho, mesmo após reajuste de 5...
30/06/25
Evento
Brasil avança na transição energética com E30 e B15 e re...
30/06/25
Fiscalização
ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 12 un...
30/06/25
Pessoas
Patricia Pradal é a nova presidente da Chevron América d...
30/06/25
IBP
Manifesto em Defesa do Fortalecimento da ANP
30/06/25
Resultado
ANP divulga dados consolidados do setor regulado em 2024
30/06/25
Etanol
Preços do etanol sobem na última semana de junho
30/06/25
Combustíveis
Fiscalização: ANP realiza novo debate sobre medida repar...
27/06/25
Margem Equatorial
Capacidade de inovação da indústria de O&G impulsiona es...
27/06/25
Biocombustíveis
Sifaeg comemora aprovação do E30 e destaca ganhos para o...
27/06/25
Transição Energética
Sebrae Rio promove Seminário sobre Transição Energética ...
27/06/25
Austral Engenharia
Austral Engenharia aposta em eficiência energética e sus...
27/06/25
Asfalto
Importação de asfaltos: ANP prorroga data para adequaçõe...
27/06/25
Gás Natural
Comgás recebe 41 propostas em chamada pública para aquis...
27/06/25
Offshore
Petrobras assina convênio para desenvolver operações off...
27/06/25
RenovaBio
ANP publicará lista de sanções a distribuidores de combu...
26/06/25
Logística
Gás natural: a ANP fará consulta pública sobre Plano Coo...
26/06/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.