Entrevista Exclusiva

Modelo de partilha é promissor, afirma presidente da PPSA

Redação
15/03/2018 12:45
Modelo de partilha é promissor, afirma presidente da PPSA Imagem: Ibsen Flores, presidente da PPSA Visualizações: 992 (0) (0) (0) (0)

Com 500 mil barris do pré-sal comercializados na primeira operação de venda spot e a aprovação da venda da produção futura de óleo na B3 (sigla da bolsa de valores do país), o presidente da Pré-Sal Petróleo (PPSA), Ibsen Flores Lima (foto) acredita que o modelo de partilha tem se mostrado promissor. O sucesso das operações em Libra e o interesse das oil companies nas rodadas de 2017 comprovariam que a partilha não afastou os investidores, na opinião do executivo. “O modelo de governança compartilhado entre Estado e a iniciativa privada favorece a implantação e soluções inovadoras”, pontua o Ibsen Flores, presidente da PPSA, apostando na introdução de mais e mais tecnologias com a entrada de novos players nas próximas rodadas. Por Benício Biz

Qual é o novo papel da PPSA hoje?

A Pré-Sal Petróleo continua a consolidar sua atuação como braço da União na gestão e no controle das atividades desenvolvidas no pré-sal brasileiro, em três grandes frentes: gestão dos contratos de partilha de produção, gestão da comercialização de petróleo e gás natural e representação da União nos acordos de individualização da produção (AIPs) envolvendo áreas não contratadas internas ao polígono do pré-sal ou a áreas estratégicas. Hoje estamos fazendo a gestão de sete contratos de partilha e iniciamos a comercialização do petróleo da União.

TN Petróleo - Como se dá a projeção do pré-sal na produção nacional com esse novo cenário?

Ibsen Flores - Em dezembro, o pré-sal foi responsável por mais de 50% da produção brasileira de petróleo e gás natural, superando o pós-sal. A perspectiva é de que o pré-sal se mantenha como uma promissora fonte de riqueza para impulsionar o novo ciclo de desenvolvimento econômico do país. Segundo dados da ANP, a Bacia de Santos pode ocupar esse ano o posto de maior bacia produtora do Brasil, o que está em total sintonia com os projetos da Pré-Sal Petróleo. A União é sócia dos projetos no modelo de partilha. Com os bons resultados do pré-sal, passará a contar com uma nova fonte de receita oriunda da comercialização do petróleo e gás destes campos.

Que novos equipamentos, como sondas e FPSOs, serão demandados para contratação?

Com os novos contratos em vigor, certamente teremos aumento de demanda por equipamentos, como sondas, FPSOs, embarcações de apoio e de instalação de tubulações submarinas, além de bases logísticas como portos e áreas de armazenamento.

O modelo de partilha vai continuar?

Essa decisão não cabe à Pré-Sal Petróleo, mas o que podemos garantir é que o sucesso das operações em Libra e o interesse das empresas nas rodadas de partilha mostram que o modelo é muito promissor. A experiência nos mostrou que a partilha, com seu modelo de governança compartilhado entre o Estado e a iniciativa privada, favorece a implantação de soluções inovadoras, de processos de monitoramento de alta performance. Favorece ainda o estabelecimento de um modelo operacional consensual que busca a eficácia.

Nesse novo cenário, quais os novos players internacionais no pré-sal?

Seis blocos foram arrematados na 2ª e na 3ª rodadas, que marcaram a entrada de Repsol Sinopec, Statoil, ExxonMobil, Petrogal, BP Energy e QPI Brasil no modelo de partilha. Com as próximas, este número poderá aumentar. Esse cenário traz uma diversidade importante e estimula a chegada de novas tecnologias.

Como situar o Brasil na produção e no equilíbrio mundial do mercado de petróleo?

O resultado desses leilões demonstra o interesse do mercado pelo Brasil e o nosso potencial de produção e exploração de petróleo. Os estudos mostram que vamos nos firmar entre os principais players deste mercado.

Dos contratos assinados, quais os que já estão tendo alguma movimentação?

Todos os seis contratos das duas últimas rodadas foram assinados e, em fevereiro, formalizamos a criação dos comitês operacionais e demais subcomitês. Estamos em fase de planejamento das atividades. Todos os consórcios estão motivados para trabalhar com agilidade.

Como a PPSA pretende vai fazer a gestão dos novos contratos?

Para dar suporte à Libra e aos novos projetos, lançamos este mês licitação para a contratação do Sistema de Gestão de Contratos de Partilha de Produção (SGPP). O novo sistema entrará em operação em 2019 e vai agilizar os processos internos de reconhecimento de custos. O sistema será concebido em linha com as melhores práticas da indústria. Cientes de que a gestão dos novos contratos aumentará significativamente a demanda, trabalhamos, ao longo do ano, na consolidação da nossa experiência na gestão do contrato de partilha de Libra e dos acordos de individualização da produção, avaliando, simplificando e revisando processos e procedimentos.

 

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