A MMX - braço de mineração do grupo do empresário Eike Batista (EBX) - confirmou ontem que "mantém entendimentos" com diversas empresas e instituições financeiras sobre a venda de seus ativos, mas que ainda não concretizou qualquer negociação relacionada à alienação do negócio de extração de ferro.
Em ofício enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora informou que o processo de consolidação no setor poderá render à companhia importantes oportunidades de negócio. A companhia ainda destacou que comunicará prontamente o mercado no caso da concretização de "qualquer eventual negociação" nesse sentido.
O comunicado responde as notícias de que Batista estaria negociando a venda dos ativos da MMX em Minas Gerais (da MMX Sudeste) e que o grupo siderúrgico ArcelorMittal, maior fabricante mundial de aço, seria uma das principais interessadas no negócio. A operação também incluiria o projeto do porto Sudeste, que fica na região de Itaguaí (RJ) e foi desenvolvido pela LLX - braço de logística do grupo EBX -- para escoar a produção de minério de ferro.
Sobre o porto, a LLX também enviou ofício à CVM em que diz estar atenta a oportunidades de negócios, o que pode envolver a alienação de ativos relevantes. "A companhia ressalta, todavia, que até o presente momento nenhuma destas oportunidades se concretizou na forma da venda do Porto Sudeste", esclareceu a empresa.
Por conta das negociações, as ações da MMX tiveram nova alta ontem na BM&FBovespa, de 5,2%, somando 12,08% em dois dias. Nos cinco últimos pregões, subiram 17,7%, ante 2,19% do Ibovespa.