Possibilidade de compra de GNL no mercado internacional foi apontada.
Ascom SCGÁS
Em visita a Brasília na terça-feira (21), o Presidente Cósme Polêse e o Coordenador de Relações Institucionais da SCGÁS Samuel Bortoluzzi Schmitz ouviram promessas de transigência do Ministério de Minas e Energia (MME) para resolver o problema da baixa oferta de gás natural em Santa Catarina. Em campanha pelo aumento da oferta do insumo no Estado, que atualmente opera no limite de disponibilidade de suprimento e recusa contratos por falta de gás, os representantes da distribuidora se encontraram com autoridades do Ministério de Minas Energia (MME), da Secretaria de Articulação Nacional do Governo de Santa Catarina e com o Senador por Santa Catarina Luís Henrique da Silveira.
Reunidos no MME com a Diretora de Gás Natural do Ministério Symone Araújo e Aldo Cores Júnior, Coordenador de Infraestrutura e Logística de Gás Natural, e na companhia do Gerente de Planejamento da Compagás (Companhia Paranaense de Gás Natural), Polêse demonstrou a atual situação de oferta e demanda do Estado, conforme estudo desenvolvido pelo Grupo de Economia da UFRJ, que atualmente é suprido por uma única fonte de gás natural – o gás boliviano, através de um contrato de compra (já totalmente saturado) de 2 milhões de metros cúbicos diários. As autoridades se mostraram favoráveis às manifestações da SCGÁS, chamando de valiosas os dados regionais trazidos pelas distribuidoras e que muitas vezes são desconhecidas pelo ministério.
Como alternativa de curto prazo para mitigar o problema, Symone Araújo apontou a possibilidade de compra do GNL (Gás Natural Liquefeito) do mercado internacional e transporte por meio da infraestrutura já existente na Baia de Guanabara (RJ). O insumo chegaria à Santa Catarina por meio de acordos com distribuidoras de outros estados, por swap (troca ou permuta de gás). Esta alternativa, ainda não apresentada formalmente, depende do consenso da Petrobras.
Questionada sobre as determinações do PEMAT, o planejamento decenal do Ministério, que anunciará investimentos em infraestrutura para o setor, a Diretora contemporizou. “O problema não é o PEMAT ou a infraestrutura de transporte, e sim encontrar mais fontes de oferta de gás”, salientou. As distribuidoras do Sul aguardam a publicação do Plano, anunciado para o primeiro semestre, onde serão expostas as prioridades de investimento do governo na cadeia de gás natural.
João Matos, Secretário catarinense da Articulação Nacional, que também recebeu a comitiva da SCGÁS em Brasília, demonstrou a preocupação com o tema e com a possibilidade de futuras restrições ao desenvolvimento econômico e social de Santa Catarina. “Vamos em busca de mais gás para o Estado, para que novos empreendimentos como a fábrica da BMW se instalem no Estado”, declarou o secretário. Cosme Polêse ressaltou os projetos de expansão de malha já em andamento, confirmando o interesse comum pelo desenvolvimento econômico e social do estado. “Temos que fazer mais, melhor e mais rápido o que fazemos, para que mais gás natural esteja disponível a novas regiões de Santa Catarina e possamos atender aos inúmeros pedidos pelo insumo que recebemos quase que diariamente”, garantiu.
O Senador Luís Henrique da Silveira, à mesa com os representantes da distribuidora, se prontificou a somar esforços para resolver o problema do estado. “Vamos construir juntos uma solução, aproveitando o bom conceito da SCGÁS da presidente da Petrobras Graças Fóster”, disse o parlamentar, referindo-se à declaração dada por Fóster em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado no último dia 14 de maio quando citou a distribuidora catarinense como exemplo nacional. Luiz Henrique anunciou que marcará agenda com a líder da Petrobrás em conjunto com o Governador Raimundo Colombo para pontuar sobre o atual cenário de suprimento de gás natural para Santa Catarina.
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