O secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, recebeu na quarta-feira (17) a delegação do Korean Development Institute (KDI), para a apresentação de relatório final com sugestões para as Zonas de Processamento de Exportação (ZPE) brasileiras.
Teixeira lembrou a experiência coreana em desenvolvimento tecnológico e industrial e acrescentou que o modelo coreano é estudado em várias universidades do mundo, principalmente em relação aos avanços em setores como tecnologia da informação e eletroeletrônico. “Empresas coreanas como Samsung, LG e Hyundai tem tido desempenho bem acima da média no Brasil. Essa troca de experiências dos modelos de desenvolvimento e a compreensão mais específica de como eles podem auxiliar o desenvolvimento das nossas exportações é muito importante”, destacou.
Parceria
O secretário-executivo do MDIC também reforçou que o modelo que deve prevalecer nas ZPE tem duas vertentes: uma ligada aos produtos de origem brasileira, como minério de ferro e agricultura, e outra com aglomerados de alta tecnologia. “E, nesse segundo caso, sobre a tecnologia, não existe país mais correto para nós buscarmos uma aproximação e cooperação do que a Coreia do Sul”, defendeu.
Já o embaixador coreano, Bon-Woo KOO, destacou a disposição do país em cooperar com o Brasil. “Estive no Rio Grande do Sul e conheci um grande investimento coreano de semicondutores. O Brasil tem se destacado muito no cenário mundial. Admiro alguns programas do governo brasileiro, como o Plano Brasil Maior. Sabemos que o investimento coreano no Brasil auxilia o crescimento tecnológico e fortalece relações entre os dois países”, ressaltou.
Histórico
As propostas apresentadas nesta quarta-feira serão estudadas pelo governo brasileiro. A troca de experiências entre os dois países com foco em zonas econômicas especiais é resultado de um Memorando de Entendimento assinado pelos ministros Fernando Pimentel (MDIC) e Jaewan Bahk (Estratégia e das Finança) em junho de 2012. O objetivo principal da cooperação bilateral é aperfeiçoar o desenvolvimento das ZPE no Brasil, por meio do programa coreano de compartilhamento de conhecimento Knowledge Sharing Program (KSP).