Gasbol

Minuta de edital para contratação do Gasoduto Bolívia-Brasil fica para janeiro, diz ANP

Reuters, 13/12/2018
13/12/2018 09:49
Visualizações: 711

A minuta do edital de chamada pública para a contratação da capacidade de transporte do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol) deverá ser colocada em consulta pública apenas no fim de janeiro e não mais em dezembro, conforme estava previsto, disse à Reuters um diretor da agência reguladora ANP.

Dentre os motivos para o atraso, segundo o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) José Cesário Cecchi, estão definições técnicas relacionadas a tarifa, modelo regulatório de entrada e saída de gás do gasoduto, além de outras questões.

A concorrência é necessária diante da proximidade do vencimento do atual contrato de serviço de transporte firme de gás natural do gasoduto, assinado em 1999, entre Petrobras e a Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG), marcado para 31 de dezembro de 2019.

A TBG tem como sócios a Petrobras Logística (majoritária) e a uma subsidiária da boliviana YPFB.

“O edital estava previsto para 14 de dezembro. Agora a previsão é fim de janeiro”, disse Cecchi, pontuando que a conclusão da chamada pública, no novo cronograma, deverá ficar para o segundo semestre de 2019.

Anteriormente, a previsão era que a publicação do resultado da chamada pública ocorreria em 25 de julho.

Cecchi afirmou, no entanto, que o atraso não é uma grande preocupação, uma vez que após a conclusão do contrato, no fim do próximo ano, ainda está prevista uma prorrogação de um ano, já que a Petrobras tem volumes que estavam previstos de consumo e que não foram demandados.

Conforme a ANP havia anunciado anteriormente, a TBG será a responsável pelo encaminhamento da minuta de edital, que será objeto de consulta e audiência públicas. Após a aprovação do edital pela ANP, a TBG realizará, de forma indireta, a chamada pública para contratação da capacidade.

Com a chamada pública, a Petrobras poderá deixar de ser a única importadora a utilizar o Gasbol, conforme já esperado pelo mercado. A petroleira estatal vem buscando reduzir sua participação no mercado de distribuição de gás, vendendo ativos e abrindo espaço para novos competidores.

Cecchi, no entanto, evitou fazer declarações sobre qual o volume que a Petrobras deverá demandar da Bolívia e também sobre a capacidade de oferta do país vizinho para os novos contratos.

“A Petrobras competirá em posição de isonomia com os outros participantes”, disse o diretor.

Gargalo no gás

O gás natural é um tema de importância crescente no país, segundo Cecchi, que destacou a necessidade da conclusão de reformas regulatórias para que seja criado um ambiente atrativo de investimentos para o escoamento do insumo produzido nos campos de águas ultraprofundas do país.

Atualmente, grande parte do gás extraído do pré-sal é reinjetado nos campos como forma de impulsionar a produção de petróleo, uma vez que ainda não há sistemas de escoamentos adequados para atender a grande e crescente oferta.

No entanto, haverá um limite para que isso seja feito na próxima década.

Segundo Cecchi, estimativas apontam que em 2025 e 2026 a reinjeção do gás nos campos do pré-sal, nos volumes atuais, não será mais viável economicamente.

“Isso é uma preocupação… Não vai ser benéfico reinjetar, vai ter que escoar”, disse o diretor à Reuters.

Atualmente, as regras do setor apresentam diversos impedimentos para a chegada de novos ofertantes de gás, como por exemplo limitações de acesso à infraestrutura de transporte e de processamento da Petrobras, dentre outras inúmeras questões.

Cecchi afirmou que o gás do pré-sal poderá ter um papel importante em geração de energia térmica para a retomada da economia nos próximos anos.

Enquanto o Congresso discute um projeto de lei que foi editado com o objetivo de destravar o setor, a ANP tem realizado consultas públicas com o objetivo de reformar as regras e atrair investimentos.

Grandes companhias, como a petroleira Shell, segunda maior produtora do Brasil e maior parceira da Petrobras no pré-sal, e a norueguesa Equinor, que adquiriu importantes ativos no pré-sal brasileiro, têm apontado frequentemente o interesse em investir em gás no Brasil.

 

 

Mais Lidas De Hoje
veja Também
Meio Ambiente
Shell Brasil, Petrobras e CCARBON/USP lançam o Carbon Co...
12/12/25
Energia Solar
Desafios de topografia na geração de energia solar: conh...
12/12/25
Oferta Permanente
Seminário da ANP apresenta informações sobre a Oferta Pe...
12/12/25
Drilling
SLB conclui a construção do primeiro poço de injeção de ...
12/12/25
Drilling
Shell assina contrato com a Valaris para uso de sonda of...
12/12/25
Royalties
Estudo revela proporção de royalties na receita municipa...
12/12/25
Sergipe Oil & Gas 2026
SOG26 destaca Sergipe como nova fronteira na produção de...
12/12/25
Biocombustíveis
Sessão especial celebra 8 anos do RenovaBio e reforça su...
12/12/25
Navegação Interior
A Revolução Livre de Graxa no setor de embarcações de se...
12/12/25
Reconhecimento
IBP conquista novamente o "Oscar dos Eventos" com a ROG....
11/12/25
Firjan
Rio pode ganhar mais 676 mil empregos com estímulo a 9 n...
10/12/25
Reconhecimento
Programa Nacional de Transparência Pública concede certi...
10/12/25
Combustíveis
Com novo aumento do ICMS para 2026, impacto nos preços d...
10/12/25
PPSA
Contratos de partilha vão produzir 2 milhões de barris a...
10/12/25
Logística
Transpetro amplia atuação logística com integração da PB...
09/12/25
Posicionamento IBP
Imposto Seletivo sobre petróleo e gás ameaça exportações...
09/12/25
Energia Solar
ArcelorMittal e Atlas Renewable Energy concluem construç...
09/12/25
ANP
Audiência pública debate apresentação de dados visando a...
09/12/25
Evento
PPSA realiza nesta terça-feira Fórum Técnico para debate...
09/12/25
Firjan
PN 2026-2030 - Novo ciclo de oportunidades é apresentado...
08/12/25
Prêmio ANP de Inovação Tecnológica
Projeto da Petrobras em parceria com a CERTI é vencedor ...
08/12/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.

24