Indústria

Ministro quer 37% a 55% de participação local na fase de exploração do pré-sal

Valor Econômico
11/08/2010 09:49
Visualizações: 566
O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, diz apoiar o máximo de nacionalização possível na exploração e produção do pré-sal, mas diz que estão sendo feitos estudos dentro do governo para definir o percentual que pode ser atendido pela indústria local. "Isso está sendo analisado à luz do que é factível para se chegar ao máximo da capacidade da indústria nacional", diz o ministro.
 

A lei de capitalização da Petrobras estabelece que o contrato de cessão onerosa de até 5 bilhões de barris de petróleo do pré-sal à Petrobras determinará um índice de nacionalização. No artigo 2, parágrafo 3, está dito que o contrato vai definir " valores mínimos, e metas de elevação ao longo do período de execução do contrato, do índice de nacionalização dos bens produzidos e dos serviços prestados para execução das atividades de pesquisa e lavra" dos volumes cedidos à estatal.
 

Para o ministro, não é possível pensar em percentuais menores do que os praticados hoje, entre 37% e 55%, dependendo da área de exploração, se em terra, água rasa ou água profunda. "Os índices têm crescido desde 2003, na quinta rodada de licitação de blocos de petróleo, quando o governo passou exigir um percentual mínimo de componentes nacionais", diz ele.
 

Segundo Zimmermann, a participação do conteúdo nacional no pré-sal poderá começar no patamar praticado atualmente na fase de exploração -de 37% a 55% - e atingir 65% na fase de desenvolvimento da produção. "O percentual é um pouco menor na exploração porque é preciso atuar dentro de prazos menores e há o uso de aparelhos sofisticados ainda não produzido no país", explica.
 

Mesmo assim, ele observa que os campos possuem diferentes estágios em andamento e que a tendência é que a participação da indústria nacional aumente no decorrer do tempo. "É um processo gradual, que vem crescendo à medida que cresce a produção. É uma decisão do governo desenvolver a indústria nacional junto com a exploração de petróleo, ainda mais considerando que esse é um setor estratégico", diz o ministro.
 

Ele cita como exemplo as 28 plataformas de perfuração marítima, hoje em fase final de recebimento das propostas, para as quais há exigência de conteúdo local crescente, com um mínimo exigido nas primeiras unidades de 55%, chegando a um mínimo de 65%. "Me dá muita tranquilidade olhar esse processo, pois está havendo entrada de empresas estrangeiras para produzir no Brasil", diz.
 

O desenvolvimento da indústria naval é outro sinal, para o ministro, de que os incentivos à nacionalização estão trazendo resultados. "Há decisões estratégicas do governo para aumentar a participação da indústria nacional dentro do que ela pode responder. Hoje vemos estaleiros produzindo no Rio Grande do Sul, no Rio de Janeiro."
 

Uma das políticas adotadas pelo governo federal para o desenvolvimento da indústria no setor de petróleo e gás, explica o ministro, é o Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp). O programa, criado em 2003, possui uma agenda de incentivos à exploração de petróleo e gás aliada às necessidades apontadas pelos planos de investimento da Petrobras.
 
 
Entre suas atividades, estão a formação em grande escala de mão de obra, a criação de mecanismos específicos de compras para a Petrobras, e o incremento da cadeia de fornecedores. "Os industriais brasileiros podem ficar tranquilos porque o governo quer desenvolver a produção nacional", afirmou, acrescentando que "desconhece" demandas da Petrobras para reduzir os atuais índices de nacionalização.
Mais Lidas De Hoje
veja Também
Petrobras
Com um total de US$ 109 bilhões de investimentos o Plano...
28/11/25
Evento
Niterói encerra segunda edição do Tomorrow Blue Economy ...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Sebrae impulsiona inovação ao aproximar startups do seto...
28/11/25
Gás Natural
Naturgy reforça papel estratégico do gás natural na segu...
28/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
SLB destaca investimentos no Brasil e papel estratégico ...
27/11/25
Internacional
FINDES lidera missão à Europa para impulsionar descomiss...
27/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Onshore potiguar defende licença mais ágil para sustenta...
27/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Estudo aponta forte impacto da cadeia de petróleo e gás ...
27/11/25
Geração/ Transmissão
ENGIE Brasil Energia inicia operação comercial do primei...
27/11/25
Petrobras
Navios da Transpetro recebem bunker com conteúdo renovável
26/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Mossoró Oil & Gas Energy abre edição 2025 com participaç...
26/11/25
Pré-Sal
Shell conclui assinatura dos contratos de concessão na B...
26/11/25
Gás Natural
Concluída a construção da primeira unidade de liquefação...
26/11/25
PD&I
Ibmec cria centro de pesquisa para estimular debates est...
26/11/25
Apoio Offshore
Camorim receberá R$30 milhões do Fundo da Marinha Mercante
26/11/25
IBP
Posicionamento IBP - Vetos ao PLV 10/2025
26/11/25
Energia
Firjan vai atuar para que o Congresso mantenha os vetos ...
26/11/25
Premiação
AVEVA recebe o prêmio de Parceiro de Manufatura do Ano 2...
25/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Sebrae RN apresentará estudo sobre impacto do onshore no...
25/11/25
Mossoró Oil & Gas Energy 2025
Implementos São Paulo expõe Semirreboque 1 eixo na Mosso...
25/11/25
Apoio Marítimo
Ambipar treina no litoral norte paulista para resposta a...
25/11/25
VEJA MAIS
Newsletter TN

Fale Conosco

Utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continuar a usar este site, assumiremos que você concorda com a nossa política de privacidade, termos de uso e cookies.