Redação/Datagro
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas (foto), participou nesta quarta-feira (29) da cerimônia de assinatura do contrato de concessão do terminal STS20, no Porto de Santos, litoral paulista, com o consórcio Hidrovias do Brasil S/A. O leilão do terminal ocorreu em agosto do ano passado e rendeu R$ 112,5 milhões em outorgas ao governo por um contrato com duração de 25 anos.
O ministro e o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni fizeram hoje também, antes da cerimônia, uma visita técnica ao Porto de Santos, o maior complexo portuário da América Latina, que é responsável pela movimentação de quase um terço das trocas comerciais brasileiras. "Revertemos um prejuízo de R$ 450 milhões em 2018 para um lucro de R$150 milhões em 2019", disse Freitas sobre a gestão portuária.
A empresa, que já tem atividade logística de transporte de grãos e fertilizantes no Norte do Brasil e hidroviário nos Rios Uruguai, Paraguai e Paraná, vai operar uma área de mais de 29 mil metros quadrados e três armazéns, destinada à movimentação de fertilizantes e sal.
"Serão R$ 219,25 milhões investidos em melhorias, como construção de novos e modernos armazéns e dragagem de aprofundamento de berços, com reforço de cais, o que possibilitará a atracação de embarcações maiores", disse o ministro Tarcísio Gomes de Freitas.
Os investimentos previstos são obras de demolição e construção de armazéns, reforço do cais público, dragagem de aprofundamento, derrocamento do berço de atracação, aquisição de equipamentos para descarregamento de navios, para transporte de fertilizantes e instalação de balanças rodoviárias.
Segundo dados do Ministério, a capacidade de armazenagem anual do terminal é de 1 milhão de toneladas para sal e de 2,6 milhões de toneladas para fertilizantes. "No caso dos fertilizantes, os insumos são importantes, pois abastecem a cadeia agrícola no centro do país. Já no caso do sal, que chega ao porto via cabotagem do Nordeste, o insumo abastece várias cadeias da indústria nacional, sobretudo no estado de São Paulo. Hoje, o terminal movimenta cerca de 50% do sal que chega e sai do Porto de Santos", divulgou a pasta.
"A chegada da Hidrovias do Brasil S/A. é importante porque traz um perfil diferente de empreendedor. A empresa agrega a expertise de fundos de investimentos ao negócio. Geralmente, os leilões são vencidos por operadores do setor. Além disso, é a primeira vez que a empresa vai operar em um porto público. Estamos otimistas", disse o secretário Diogo Piloni.
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